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Escola de Pastores abre em Setembro (e dá “prémio” de 5 mil euros a quem se formar)

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Vai abrir uma Escola de Pastores numa ideia pioneira que visa captar jovens para uma actividade que está em risco de desaparecer. A iniciativa apoiada por fundos comunitários prevê a atribuição de uma bolsa de 5 mil euros a quem se formar no curso.

As inscrições para a Escola de Pastores estão abertas até 23 de Agosto e as aulas devem começar a 23 de Setembro.

A Escola de Pastores faz parte do projecto “Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro” que é apoiado pelos fundos comunitários CENTRO 2020 e que resulta de uma parceria entre associações de produtores, escolas, centros de tecnologia e as Comunidades Intermunicipais de Viseu Dão Lafões, das Beiras e Serra da Estrela, da Beira Baixa e da Região de Coimbra.

O projecto é coordenado pela InovCluster – Associação do Cluster Agroindustrial do Centro e envolve também a criação de uma bolsa de terras, visando a valorização dos queijos DOP da Região Centro, como explica à Rádio Renascença a técnica superior do gabinete de saúde pública e veterinária da Câmara de Gouveia, Regina Lopes.

A Escola de Pastores “vai ser itinerante”, contando com “uma componente teórica de 110 horas e uma componente prática de 410 horas, com formação em maneio sanitário, maneio reprodutivo, alimentar, pastagens e forragens e silvo-pastorícia, ovinicultura e caprinicultura e gestão da exploração”, esclarece Regina Lopes.

“Vai-se realizar nas escolas superiores, na ESAV, Escola Superior Agrária de Viseu, e na ESACB, Escola Superior Agrária de Castelo Branco”, com a “parte prática” a decorrer “em Viseu, Oliveira do Hospital e Gouveia”, explica ainda a técnica.

O objectivo é ter no final do curso, pelo menos, “20 produtores que se liguem futuramente à agricultura”, motivados pelo “prémio” de “cinco mil euros”, “uma pequena ajuda para o início da actividade”, como refere Regina Lopes. “É um prémio com compromissos, o pastor tem que se instalar na área”, acrescenta.

Apesar de a vida de pastor ser dura, com 365 dias de trabalho por ano, Regina Lopes acredita que a ideia pode ter sucesso. “Há muita gente a querer mudar de vida e a vir das cidades para as aldeias, e para quem está no desemprego também pode ser uma opção”, considera.

ZAP //

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14 Comments

  1. Epááá… Queres ver que me vou dedicar à bicharada.

    Pronto… Já falei demais. Já vai toda agente imitar-me!.. Ah portuguesismo escarafunchoso!

  2. Ah, menos mal… pensei que fosse para formar daqueles pastores brasileiros que a unica coisa que “cultivam” é a ignorância e dinheiro!…

  3. É uma actividade “em risco de desaparecer”, é verdade ! . Mas se temos em conta as varias razões do “porquê”,…. económicas, sociais e materiais, vejo com pouca expectativa uma grande influencia a este tipo de iniciativa, por os 5000 € de incentivo. Se a pecuária actual conhece tempos extremamente difíceis em termos de sustentabilidade, como vão estes novos aventureiros conseguir tirar a carta do baralho ???

  4. Como desperdiçar dinheiro atraves do esquema da subsidio-dependencia. Depois o ordenado médio em Portugal é 4x inferior ao dos Estados Unidos

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