O chef Henrique Leis anunciou o desejo de querer renunciar à estrela Michelin que lhe foi atribuída em 2000. Mas, segundo fonte oficial do guia gastronómico, não pode ficar sem ela.
Henrique Leis tomou a decisão, inédita em Portugal, de abdicar da estrela Michelin em prol de mais “tranquilidade”. No entanto, Ángel Pardo Castro, responsável de comunicação do Guia para Espanha e Portugal, garante que tal “não é possível”.
Em entrevista ao Público, afirmou que “não fazemos o Guia para os chefs nem para os críticos. Fazêmo-lo para os leitores”. “A decisão já está tomada porque o guia, com a decisão dos inspetores, já está quase 100% fechado“, o que significa que a carta enviada a 12 de junho pelo chef Leis, em que manifestava querer ficar sem a estrela Michelin, não irá influenciar o seu surgimento ou não no guia.
O chef do restaurante sediado em Loulé já reagiu à posição da Michelin. Ao mesmo diário, garantiu que “ainda não pensou muito” sobre o que vai fazer se o seu nome surgir novamente na próxima edição do Guia, mas garante: “É meu desejo sair”.
“Um restaurante não pode dizer ‘não quero estar nesta categoria, quero outra’”, pois a decisão cabe única e exclusivamente aos inspetores, explicou Pardo Castro. “Pode ser muito romântica essa ideia de renunciar, mas não é possível”, acrescentou, considerando mesmo pouco justo “dizer ‘quando me interessa aceito e quando não me interessa, renuncio’”.
A tomada de decisão do chef foi anunciada ao Observador. “Eu vou entregar a estrela, não a quero mais. Já a tenho há 19 anos, basta! Quero fazer o meu trabalho, a minha vida, com mais tranquilidade e calma, com mais liberdade”, disse na altura.
O chef brasileiro, que vive em Portugal há 25 anos, explicou que a decisão foi tomada em conjunto com as filhas e quer que elas “possam fazer o seu próprio caminho” sem terem de lidar com a responsabilidade da estrela, isto quando o espaço lhes for entregue.
“Tenho de dar oportunidade às minhas filhas para poderem fazer o que quiserem, ajudando-as o mais possível, daí ter de fazer uma mudança”, contou.
È suficiente ignorar a estrela, repôr os “preços normais” e continuar a trabalhar con “excelente qualidade” segundo os próprios parâmteros seguindo as próprias ideias, sem se deixar influenciar por mais nada nem ninguém.
Se os inspectores acharem que os parametros de qualidade não são os mesmos do guia e, portanto, o restaurante deixou de ser “digno” de lá estar, eles retirarão a estrela.
Não será uma ‘estratégia’ para ter publicidade gratuita nos jornias?
(ainda que tenha a estrela há 19 anos, eu ninca tinha ouvido falar deste chef nem do seu restaurante…)
Exatamente.
Será que preferia uma medalha do Presidente da Republica? Do Brasil? Portugal? Ou mesmo dos dois Países! Sempre poderia internacionalizar os negócios…Se não quer a estrela…Porque não muda de ramo? Em vez de um restaurante, pode abrir mais uma pastelaria ou padaria, dando emprego a toda a Família…