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Fechar o Brexit, unir o país e derrotar Corbyn. Os planos de Boris para o Reino Unido

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Neil Hall / EPA

O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson

O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já apresentou os seus planos para o Reino Unido, que incluem derrotar Jeremy Corbyn. Por sua vez, o trabalhista e líder do principal partido da oposição prometeu uma moção de censura após a tomada de posse do novo Executivo.

“Vamos apresentar uma [moção de censura] quando for apropriado“, afirmou Jeremy Corbyn esta quarta-feira, em declarações transmitidas pela Sky News, adiantando apenas que “será uma surpresa interessante para todos”.

O líder trabalhista afirmou que está prevista uma intervenção do novo chefe de Governo no parlamento na quinta-feira para apresentar os seus planos, e que nessa altura o partido Trabalhista vai responder, com a sua visão para uma “sociedade com investimento decente que proteja todas as partes comunidades do país”.

Boris Johnson foi eleito líder do partido Conservador com 92.153 votos (66,3%), enquanto que o outro candidato finalista, o atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, reuniu apenas 46.656 votos (32,7%).

No seu discurso de vitória, Boris reiterou esta quarta-feira a promessa de “concretizar o Brexit, unir o país e derrotar Jeremy Corbyn“. Estes serão as principais prioridades do novo líder do Reino Unido. A emissora britânica BBC escreve ainda que o novo líder dos tories deverá aproveitar a oportunidade para aumentar o número de mulheres em cargos ministeriais e a representação das minorias étnicas.

Entre as principais decisões a tomar está o nome do próximo ministro das Finanças, depois de Philip Hammond ter dito que renunciaria ao cargo se Boris se tornasse primeiro-ministro. Na calha para o lugar estão o ministro do Interior, Sajid Javid, o ex-ministro do Brexit Dominic Raab e a atual secretária de Estado das Finanças, Liz Truss, também é falada para os Negócios Estrangeiros, segundo o semanário Expresso.

Os ministros da Justiça, David Gauke, e do Desenvolvimento Internacional, Rory Stewart, também já disseram que não poderiam fazer parte de um Governo de Boris, devido à sua determinação em deixar a UE a 31 de outubro, mesmo sem acordo com Bruxelas.

Boris Johnson vai ser indigitado primeiro-ministro pela rainha Isabel II esta tarde de quarta-feira, após a demissão de Theresa May, programada para depois do debate semanal com os deputados na Câmara dos Comuns.

O partido Trabalhista defende a realização de eleições legislativas e uma moção de censura é uma das únicas opções para antecipar as eleições, previstas para 2022.

O partido Conservador depende do apoio do Partido Democrata Unionista (DUP) para ter uma maioria de deputados na Câmara dos Comuns, que atualmente é de apenas três, mas numa tentativa anterior, em janeiro, May sobreviveu com uma margem de 19 votos.

O partido Trabalhista opõe-se a um ‘Brexit’ sem acordo, hipótese que Boris Johnson não descarta para conseguir que o Reino Unido saia da União Europeia a 31 de outubro, a data definida em abril para a conclusão do processo.

// Lusa

3 Comments

  1. Força Boris, só lamento que agora tenhamos que pagar bilhete para entrar no Reino Unido, pois não acredito que um circo com um palhaço famoso não cobre entradas.

  2. Já estou farto de ouvir falar disto! Mas é só em Outubro que fechamos as portas aos “Bifes”, já era para ontem! Só espero que todos os Países da União Europeia os cumprimentem com um “You’re not Welcome Here!” assim como eles fazem aos outros!

  3. Sinceramente, e enquanto europeísta federalista, espero que consiga tudo o que pretende! Ontem já era tarde para o fim desta pobre novela…

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