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Número de desempregados inscritos não era tão baixo desde 1991

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Paulo Novais / Lusa

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego ficou em junho abaixo das 300 mil pessoas pela primeira vez em 27 anos, destacou esta quarta-feira o Ministério do Trabalho.

De acordo com os dados esta quarta-feira disponibilizados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos nos serviços de emprego em junho de 2019 desceu 10,3% em termos homólogos e 2,3% em termos mensais para as 298,2 mil pessoas.

Em comunicado, o gabinete do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social destaca que “para encontrar um número mais baixo é preciso recuar a dezembro de 1991, altura em que se registaram 296,6 mil desempregados inscritos”.

Considerando apenas a situação observada no território continental, o desemprego registado desce para as 280 mil pessoas, o nível mais baixo em pelo menos 30 anos.

O mesmo acontece na região Centro (40,8 mil desempregados), do Alentejo (13,5 mil) e da região de Lisboa e Vale do Tejo (88,9 mil), onde o desemprego registado alcançou os níveis mais baixos de que há registo.

No Norte (124,9 mil desempregados) o desemprego recuou para o patamar mais baixo em 17 anos, sendo que o desemprego registado no Algarve (7,9 mil) está em níveis comparáveis aos observados no início dos anos 2000.

O desemprego jovem, por sua vez, baixou para as 27,7 mil pessoas, com uma redução homóloga de 12,2% (-3,8 mil pessoas) e um decréscimo face ao mês anterior de 8% (-2,4 mil pessoas). Já o desemprego de longa duração baixou para as 134,9 mil pessoas, menos 17,1% do que no mesmo mês do ano passado (-27,9 mil) e menos 1,0% face ao mês de maio (-1,4 mil).

O ministério tutelado por Vieira da Silva salienta que ao longo da legislatura, o desemprego registado desceu 46,3%, no correspondente a menos 256,9 mil pessoas, com descidas de 60,0% do desemprego jovem (-41,5 mil) e de 48,1% do desemprego de longa duração (125,2 mil).

“Estes resultados, em linha com os dados que têm vindo a ser observados pelo Instituto Nacional de Estatística, refletem o bom desempenho da economia, o dinamismo do mercado de trabalho e a execução das políticas ativas de emprego”, refere.

Aliás, acrescenta, o mês de junho foi também o mês em que se alcançou a mais elevada taxa de cobertura de desempregados em medidas ativas de emprego e formação profissional em mais de 20 anos, com 28,8% dos desempregados abrangidos por estas medidas. Em particular, a taxa de cobertura das medidas de formação profissional, que chegou aos 18,9% no mês de junho, alcançou igualmente o patamar mais elevado da série iniciada em 2011, sinaliza.

// Lusa

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2 Comments

  1. Esquecem-se 8ou não) é de que muito contribuem para baixar as estatísticas de desemprego, o êxodo emigratório e as pessoas que simplesmente desistem de procurar emprego.

  2. De que vale ter pouco desemprego se o PIB é miserável, vejam a taxa de desemprego e o PIB em Espanha , têm muito mais desemprego mas conseguem criar muito mais riqueza que nós..!!! Noticia incompleta e tendenciosa, que não refere outros numeros, seria importante por exemplo saber quanto aumentou o Pib/per cápita. Esse sim é um dado real da real situação do país, quando dizem que o PIB aumentou é preciso fazer as contas por pessoa, porque entraram desde 2018 muitas dezenas de milhares de imigrantes em Portugal.

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