O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA), Yukiya Amano, morreu aos 72 anos, anunciou esta segunda-feira a instituição.
O secretariado da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) não especificou a causa da morte do diplomata japonês que tinha tomado posse como diretor-geral da organização em 2009, tendo sucedido a Mohamed ElBaradei.
Amano foi reconduzido em 2017 para um terceiro mandato de quatro anos e deveria ocupar o cargo até 30 de novembro de 2021. No entanto, através de uma nota oficial, o secretariado da IAEA escreve que Yukiya Amano tencionava afastar-se da direção da agência e já tinha comunicado a decisão por escrito.
Na carta, Amano pedia à Agência Internacional de Energia Atómica “resultados concretos no sentido de se alcançarem os objetivos do plano ‘Atoms for Peace and Development'”.
Segundo a TSF, as responsabilidades da agência incluem fiscalizar o cumprimento de restrições às atividades nucleares do Irão de acordo com o acordo de Teerão e potências mundiais.
O japonês considerava que o trabalho da IAEA era técnico e não político, mas a decisão dos EUA de desistir do acordo nuclear fez aumentar ainda mais as pressões sobre a sua direção.
Ainda de acordo com a rádio, Amano acreditava também que a disseminação de armas atómicas e o terrorismo nuclear representavam uma ameaça crescente para a comunidade internacional e que era “improvável que essa tendência seja revertida”.
Amano era especialista em postos multilaterais de desarmamento e não-proliferação nuclear, e esteve ao serviço das negociações japonesas durante mais de três décadas.
A Agência Internacional de Energia Atómica foi estabelecida como uma organização autónoma no seio das Nações Unidas a 29 de julho de 1957. A bandeira da IAEA na sede em Viena, Áustria, foi içada a meia haste em sinal de luto.
ZAP // Lusa