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PS já vale o dobro do PSD. Se as legislativas fossem hoje, venceria com 43% dos votos

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José Sena Goulão / Lusa

O PS com 43,2% dos votos obteria o dobro dos do PSD, 21,6%, caso as eleições legislativas fossem agora, de acordo com uma sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias e a TSF publicada esta segunda-feira.

O Bloco de Esquerda (BE) alcançaria 9,2% dos votos, seguida pela CDU com 6,8%, CDS-PP com 6%, PAN com 3,6% e a Aliança com 1,2%, segundo a sondagem. Este estudo aponta para 23,5% de indecisos e para 7,6% de brancos, nulos e outros.

Se as eleições fossem hoje, o PS de António Costa teria 43,2% dos votos, e ficaria a uma distância significativa do segundo partido mais votado, o PSD, que se cingiria aos 21,6%, praticamente metade do PS.

Com 43% dos votos, contudo, Costa não chegaria, ainda assim, à maioria absoluta: em 1999, os 44% obtidos por António Guterres foram insuficientes e só em 2005, com 45% dos votos, é que o PS de José Sócrates conseguiu governar sozinho.

A dois meses das legislativas, e numa altura em que António Costa tem reforçado a intenção de reeditar os acordos da “geringonça”, aos mesmo tempo que consegue aprovar no Parlamento uma alteração à legislação laboral com o apoio da direita, a tendência do PS tem sido de crescimento galopante nas intenções de voto.

Tendência inversa acontece com o PSD, que vale hoje menos 11 pontos do que nas legislativas de 2015, altura em que, aliado ao CDS, foi a força política mais votada, apesar de não ter conseguido formar governo.

Face à última estimativa, o PS ganharia agora mais votos (40,4% em maio), tal como o BE (8,2% em maio) e a CDU (6,5% em maio). O PSD, o CDS e a Aliança perderiam nas intenções, (22,5%, 6,1% em maio e 1,5%, respetivamente). O PAN obteria a mesma percentagem, 3,6%.

Em termos de popularidade dos líderes, António Costa lidera com uma taxa de aceitação de 26%, e uma taxa de rejeição de 41% – que é a mais baixa de todos os líderes partidários. Pedro Santana Lopes é quem tem uma taxa de rejeição mais elevada (77%), seguido de Jerónimo de Sousa, onde 73% dos inquiridos diz jamais votar nele para primeiro-ministro, e de Assunção Cristas, onde 70% dos inquiridos a dar um cartão vermelho à líder centrista. A taxa de rejeição de Rui Rio fixa-se nos 54%, enquanto apenas 14% dos inquiridos diz que votaria com firmeza no líder do PSD para primeiro-ministro.

A sondagem da Pitagórica, com o objetivo de avaliar a intenção de voto nas eleições legislativas, foi realizada entre 8 e 14 de julho, através de 800 entrevistas telefónicas e apresenta uma margem de erro de +4/-3,5% para um nível de confiança de 95,5%.

Maioria prefere um governo com mais de um partido

Um governo formado por mais de um partido acolhe a preferência da maioria e, entre os simpatizantes socialistas, um casamento com o Bloco de Esquerda ganha vantagem face a uma repetição da geringonça, segundo uma sondagem do Expresso/SIC, divulgada pelo semanário na edição impressa deste sábado.

Questionados sobre a próxima legislatura, 41% dos inquiridos assinalaram preferir que um próximo governo seja formado por mais de um partido, contra 37% que prefere a liderança de apenas um partido.

A indecisão é rainha, com 31% dos inquiridos. Entre os que já têm preferências, o PS lidera o ranking, com 14% das intenções de voto, contra 8% do PSD. Também 8% diz preferir uma coligação entre o PS e o Bloco de Esquerda, enquanto 7% escolhe um bloco central.

Já entre os simpatizantes do PS, apesar de 37% preferir ver o Governo a governar sozinho, 16% vê com bons olhos uma união entre o PS e o Bloco de Esquerda, deixando de fora o PCP. Uma repetição da geringonça acolhe 10% da preferência entre os simpatizantes socialistas, contra 8% de um regresso ao bloco central e 2% a uma solução PS e PCP.

ZAP //

19 Comments

  1. onde fazem estas sondagens? com quem falam? como é possivel que um pais arda em 2017, onde morrem mais de 100 pessoas, arda em 2018 e sejam cometidos os mesmos erros. compra siresp por milhoes quando precisa que invistam mais milhoes ainda para se tornar actual. Aumente impostos de forma brutal, passe o tempo a contar historias do defice mas faz cativações como gente grande. tem uma saude que é uma vergonha, greves constantes de FP´s.
    mesmo assim as pessoas querem mais do mesmo?

  2. Fácil de entender:
    1 – os portugueses são, de uma forma geral, iletrados (no que diz respeito a contas então…);
    2 – os portugueses são, de uma forma geral, crédulos (facilmente caem no conto do vigário);
    3 – os portugueses são, de uma forma geral, pouco críticos (e jamais cobram por promessas não cumpridas);
    4 – os portugueses são, de uma forma geral, desonestos (e tendem a valorizar outros desonestos);
    Enfim, está explicado…

    Quando o Diabo vier…

    • Ora aí está. Finalmente estou de acordo com o Sykander. Alguma vez teria de ser.
      Este governo ficará para a história:
      – Maior número de mortos e destruição de ativos (casas, empresas,…) em incêndios
      – O Governo que nomeia profundos incompetentes para cargos de topo como ficou bem patente na proteção civil
      – O Governo que diz que baixa o ISP quando preço do barril aumentar no mercado internacional e depois quando este aumentou manteve o imposto
      – O Governo que “deixa” desaparecer armamento de Tancos e depois contribui para o seu aparecimento sub-reptício. Ainda iremos perceber o porquê de todo este caso
      – O Governo que promete e mente. Prometeu ao senhor que iria para a CGD que não teria de mostrar as declarações de rendimentos. Afinal tinha de as mostrar. E foi-se embora…
      – O Governo do aumento da despesa pública corrente. Já vai em mais de 5 mil milhões. Quando a receita fiscal cair (com a queda previsional das receitas do turismo e da atividade exportadora em consequência da mais ou menos esperada recessão internacional, e o aumento dos encargos com o desemprego… o buraco ficará enorme)
      – O Governo que menos investimento público realizou em Portugal
      – O Governo que aplicou a maior carga fiscal aos portugueses
      – O Governo que continua a aumentar a dívida pública em valor absoluto (em % do pib diminui mas o seu valor absoluto aumentou; e o PIB é um fluxo não um stock; a dívida é um stock)
      – O Governo que tinha todos os ventos a favor e ainda assim viu-se ultrapassado na União Europeia pela maioria dos países do seu campeonato. Somos cada vez mais últimos. De que vale crescermos 2 ou 3% se os do nosso campeonato crescem a 4 ou 5%?
      – Este Governo ficará para a história como uma corja de profundos incompetentes que não souberam aproveitar uma das melhores conjunturas externas das últimas décadas.

      • Meu caro,
        Plenamente de acordo!
        Duas achegas:
        1 – Faltou-lhe referir que foi o governo com maior número de casos de nepotismo (incluindo no Conselho de Ministros);
        2 – Faltou-lhe referir que foi o primeiro Governo que governou sem ter sido eleito.
        Abraço!

      • Tem toda a razão. E ainda faltou mais uma: foi o Governo que mais obras por fazer (até mesmo por iniciar) apresentou. Ultimamente não tem feito outra coisa.
        E ainda o Governo que fez com que os trabalhadores privados tivessem de trabalhar mais horas do que os do público.

      • E ainda podemos acrescentar: o primeiro governo que instituiu uma diferença abjecta entre os funcionários públicos e os do privado ao decretar salários mínimos diferenciados.

        E olhe que eu sou mais ou menos funcionário público!!

        E, claro, ainda podia acrescentar (mas aí caíam-me logo em cima os igualitaristas do PCP e BE) o governo que diminuiu as desigualdades entre os funcionários públicos. Aqueles que nunca estudaram, nem jamais procuraram subir são premiados à custa daqueles que todos os dias procuram a excelência e a superação. Enfim, um hino e uma ode à mediocridade. Mas isso já é a minha veia de insensibilidade social, egoísmo e as minhas frustrações pessoais a falarem…

      • Concordo totalmente. Mas sabe qual é o meu problema: já sei (há muito tempo) em quem não irei votar. Mas ainda não sei em quem votar. E pelo que vejo, assim ficarei eternamente.
        Ninguém quer criar por aí um partido político sério, com ideologia liberal (ainda que controlada e não ao total livre arbítrio do mercado)?

      • Meu caro João Dinis Santos:
        Já pensei nisso. Criar um partido. Diferente dos outros. Onde as pessoas dissessem a verdade e fossem responsabilizadas pelos seus actos.
        Mas, confesso que desisti dessa ideia. As razões são várias:

        1 – Para atingir uma dimensão em que fosse possível fazer a diferença, rapidamente atrairia bandalhos. Nem que fosse infiltrado por “agentes” de outros partidos. Basta ver as respostas que recebo às vezes a alguns comentáriose facilmente se conclui que há avençados em todos os fóruns;

        2 – Depois porque rapidamente os agentes do sistema (que os há e eu até nem vou muito em teorias da conspiração) tratariam de me fazer a folha. E sendo precário…

        3 – A principal razão: acha mesmo que os portugueses querem um partido sério?

        Um partido que lhes diga que se o desastre de 1892 demorou 100 anos a pagar (e era só 10% do PIB) este demorará vários séculos?

        Um partido que lhes diga que cada um deles deve 25.000 euros por conta dos desmandos dos políticos?

        Um partido que lhes diga que os juros da dívida pública custam mais do que o SNS, qualquer coisa como 800 e picos euros ano, ou 75€ mês (por cabeça) – isto é, +/- 8.750.000.000,00€/ano?

        Acha mesmo que os portugueses que votam, sabem ou querem fazer estas contas?

        Acha mesmo que os portugueses a quem a propaganda vende um oásis rosa, querem saber que estão cada vez mais endividados?

        Acha mesmo que os portugueses querem ouvir que o Diabo está aí à espreita (e eu até nem gosto do PPC que é outro jotinha de qualidade duvidosa mas que, apesar de tudo, até se portou razoavelmente bem enquanto chefe do governo)?

        Acha mesmo que os portugueses já alguma vez pensaram, por exemplo que a Segurança Social é um gigantesco esquema Ponzi e que tarde ou cedo deixará de ser possível sustentar em face da progressão demográfica e das políticas de aposentação criminosa?

        Acha mesmo que é possível continuar a sustentar 308 concelhos e mais de 3000 freguesias que para nada servem? Todos lhe dirão que pode acabar o concelho A, B ou até o C. O meu é que não!!! …

        Acha mesmo que os portugueses votariam num partido que perguntasse para que servem a PSP e a GNR que fazem a mesma coisa (e não estão em causa os profissionais que fazem muito mais do que devem?).

        Acha mesmo que os portugueses votariam num partido que promovesse uma justiça que metesse atrás das grades os presidentes dos clubes de futebol. Ou que obrigasse os reclusos a trabalhar? Ou que re-instituísse a pena de prisão perpétua para homicidas, violadores, criminosos recorrentes?

        Acha mesmo que os portugueses votariam num partido que viesse impor censura às TV’s e dissesse que aquelas idiotices do casei com um agricultor, ou casados à primeira vista, ou aqueles chiqueiros promovidos pela TVI (reality shows) não podem passar na televisão?

        Acha mesmo que os portugueses votariam num partido que dissesse aos meninos e meninas nas escolas e universidades que não podem estar na sala de aula com telemóveis e que há roupas e calçado que não são apropriados para uma sala de aula?

        Acha mesmo que os portugueses votariam num partido que multasse os pais e cortasse abonos se os filhos fizessem asneira na escola?

        Acha mesmo que os portugueses votariam num partido que dissesse, tu não tens capacidade para estar na universidade, logo vai mas é trabalhar, ao invés de estares aqui a desperdiçar dinheiro de todos nós?

        Acha mesmo que os portugueses votariam num partido que dissesse estas coisas todas. Que promovesse o civismo e o respeito. Que impusesse (como manda a lei)o interesse público sobre qualquer interesse privado. Que pusesse na rua todos os funcionários públicos que são inúteis e se comportam como reizinhos (e volto a lembrar que sou uma espécie de FP). Que acabasse com as golpadas entre amigos e punisse a sério todos os crápulas que por aí andam a banquetear-se com o dinheiro dos nossos impostos. Que acabasse com privilégios da classe política. Que todo o condenado por corrupção (e crimes análogos) JAMAIS poderia ter funções públicas e, se as tivesse era posto no olho da rua?

        Acha mesmo, meu caro João Dinis Santos?
        Pois, eu também! E, se acaso, algum dia eu mandasse nisto, rapidamente me tratavam da saúde!
        Abraço!

      • Já tínhamos os treinadores de bancada, agora temos os economistas de bancada! Somos um país cheio de espertos que sabem tudo e têm solução para tudo !

  3. Enfim sempre os mesmos com os comentários da desgraça,IMIGREM POR FAVOR,sejam úteis a vós mesmos e deixem os outros que apesar de tudo ainda amam este PAÍS

  4. Das duas uma, ou metem idiotas a fazer contas ou é tudo comprado a favor dos mesmos.
    Todos os partidos no top da sondagem são corruptos estão cheios de corrupção até aos cabelos, durante os 4 anos só fazem merda, não representam nenhum português, chega às legislativas e ja são os maiores.
    Para votar nestes idiotas engravatados mais vale meter o fogo no pais todo e deixar arder… povo cego!!!

    • Meu caro,
      Há uns anos fiz uma formação de SPSS. Era, à época, o software usado para fazer sondagens. O formador explicou-nos, com um exemplo prático, como manipular os resultados…

      É verdade que temos aquela coisa das fichas técnicas e tal. Mas eu também posso seleccionar aleatoriamente o meu painel. Em vez de telefonar para Aljustrel ou para Freixo de Espada à Cinta, telefono para para a Amadora, Cascais e etc.. Claro que é aleatório. Mas a aleatoriedade de um evento também pode ser, digamos, …pré-vista….

      • Numa sondagem deste género a amostra tem de ser por quotas e não aleatória!
        Se a amostra for por quotas e estiver bem feita (for representativa do universo) os resultados das sondagens são geralmente quase perfeitos. Resta saber se a amostragem foi bem conduzida ou não. É óbvio que se for realizar uma sondagem nacional a partir de uma amostra apenas com indivíduos da margem sul, então as minhas conclusões darão provavelmente o PCP governo e o PS como muleta. Felizmente essa é apenas a realidade da margem sul.

  5. O que se passa com esta gente que diz votar nesta corja que está a derreter Portugal ? Eu, sinceramente, já não sei explicar este fenómeno estranho e perigoso que se passa neste nosso país. Deveria haver uma comissão independente de técnicos de saúde mental para descobrir o que se está a passar com esta gente. Um governo que em 4 anos deixou a saúde de pantanas, o ensino a caminhar para o desastre, o território num braseiro constante (2017,2018,2019) com abandono miserável das pobres populações, um governo que deixa e encobre um assalto às forças armadas, um governo sem vergonha que arrebanhou toda a governação para a distribuir entre familiares…e mais…e mais…que dava para escrever um livro com todas as misérias que estes bandidos estão a fazer ao nosso querido país. Tenho muito receio do fim do caminho para onde esta gente nos está a levar.

  6. 4 anos de tanta miserabilidade governativa, são 4 anos de estado de graça ? E ainda continua esse estado de graça ? Isto não pode ser. Ou os portugueses ficaram doentes com o que tiveram que suportar, derivado da bancarrota socialista (Sócrates), ou isto que dizem ser uma sondagem, é uma manobra eleitoralista encomendada pelo indiano.

  7. Os profetas da desgraça de sempre. IMIGREM, deixem os outros que gostam deste pais e reconhecem quem tudo tem feito para melhorar a vida dos portugueses.

    • Ó Ilda… vai ganhar juízo. Então não consegues perceber que nestes 4 “milagrosos” anos o país andou para trás?!! O vento estava de feição como nunca esteve nos últimos 15 anos e este senhores cresceram a taxas muito inferiores a todos os parceiros europeus do nosso campeonato. Não percebeste isto ou tens andando profundamente desatenta?

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