Vulcão Etna acordou e entrou de novo em erupção

Orietta Scardino / EPA

O Etna voltou a acordar lançando lava de uma das crateras localizadas na área desértica do topo do vulcão siciliano, de acordo com o Instituto Nacional Italiano de Geofísica e Vulcanologia (INGV).

A atividade é intermitente e a lava desce a encosta sudeste, chamada Valle del Bove, por uma extensão de 1,5 quilómetros a partir de seu ponto de emissão, informou o INGV num comunicado. A atividade máxima foi registada a meio da noite, causando o encerramento de dois aeroportos na cidade siciliana de Catania devido às fortes emissões de cinzas na atmosfera.

Os aeroportos foram parcialmente reabertos no sábado pela manhã. O INGV indica que a cratera sudeste do vulcão entrou numa fase de atividade no dia 14 de julho.

O Etna, de 3.300 metros, é o maior vulcão ativo da Europa, com frequentes erupções, conhecidas há pelo menos 2.700 anos. A última grande erupção remonta ao inverno de 2008-2009.

Apesar de ser um pouco imprevisível, o Etna está em erupção há anos. Já em fevereiro deste ano, por exemplo, nuvens de cinzas foram vistas a subir em direção ao céu a partir de uma série de pequenas explosões do chamado Telhado do Mediterrâneo.

Em dezembro do ano passado, um sismo de magnitude 4,8 na escala de Richter atingiu a província de Catânia, na Sicília, junto ao monte Etna, fazendo pelo menos dez feridos e provocando alguns danos em edifícios. O sismo ocorreu dois dias depois de o Etna ter entrado em erupção, intensificando a atividade vulcânica na e atividade sísmica na região.

O vulcão do Monte Etna, na parte oriental da Sicília, está a escorregar lentamente para o mar. Um estudo mostrou que há um risco muito maior do que o anteriormente previsto de um colapso originar um tsunami. O Monte Etna está a deslizar para o Mediterrâneo a cerca de três a cinco centímetros por ano.

O Etna é o maior vulcão ativo da Europa e um dos vulcões mais ativos do mundo. É também a mais alta montanha da Sicília. A extensão total da sua base é de 1190 quilómetros quadrados, com uma circunferência de 140 quilómetros, o que o torna quase três vezes maior que o Vesúvio.

ZAP // Lusa

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