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A Microsoft quer usar a inteligência artificial para salvar a nossa história

Muitas pessoas olham para a tecnologia como a ameaça que vai condenar a nossa espécie, mas a Microsoft planeia agora usar inteligência artificial para preservar a nossa cultura, linguagem e história.

O projeto “AI for Good”, que em português se pode traduzir por “Inteligência Artificial para o Bem”, tem em vista a preservação da cultura, da linguagem e da história face a um mundo cada vez mais globalizado. Com a herança cultura em risco, a Microsoft quer usar a tecnologia para salvá-la.

O sistema de inteligência artificial da empresa norte-americana servirá de ferramenta de trabalho com organizações não governamentais, universidades e Governos para garantir a preservação do património cultural.

Aliás, algumas das tecnologias existentes da Microsoft já estão a ser usadas neste âmbito. É este o caso do Microsoft Tradutor já faz parte de um programa para preservar duas línguas em vias de extinção no México: o maia e o otomi.

O advogado Brad Smith, atual presidente da Microsoft, realça um estudo da UNESCO que aponta que um terço das línguas do mundo tem menos de mil falantes. Os números são preocupantes e a cada duas semanas, uma língua morre.

“Prevê-se que entre 50 a 90% das línguas ameaçadas desaparecerá no próximo século. Quando o mundo perde uma língua, todos perdemos uma parte importante da história humana e uma comunidade perde a sua capacidade de se conectar e comunicar com o seu passado”, disse Smith, citado pelo ZDNet.

A Microsoft também quer ajudar a preservar a arte e já tem em marcha várias parcerias para o fazer. Em colaboração com o The Met, O famoso Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque, a Microsoft está a trabalhar para colocar disponível online a coleção do museu, através da digitalização, classificação e identificação de milhões de peças de arte.

Em França, colaborou com duas empresas gaulesas e usou a tecnologia dos óculos HoloLens para trazer a realidade virtual até ao Musée des Plans-Reliefs.

“Estes projetos deram-nos confiança de que podemos colocar a IA em usos inovadores que podem ajudar as comunidades a expandir o acesso à cultura e a explorar novas perspetivas e conexões através de experiências compartilhadas”, explica o presidente da Microsoft.

ZAP //

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