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Filipinas declaram alerta nacional devido ao dengue. Surto já fez 456 mortos

Frank Hadley Collins / Sanofi Pasteur / Flickr

Fêmea de Aedes aegypti, mosquito que pode transmitir três doenças: zika, dengue e chikungunya

As Filipinas declararam esta segunda-feira estado de alerta nacional devido a um grave surto de dengue, com mais de 106 mil casos registados no primeiro semestre do ano e 456 mortos, a maioria crianças com menos de cinco anos.

A propagação do dengue naquele país asiático aumentou 85% comparativamente a igual período do ano passado, informou em conferência de imprensa o ministro da Saúde filipino, Francisco Duque.

O responsável esclareceu que não se trata ainda de uma epidemia a nível nacional, mas que já se verifica uma epidemia em pelo menos quatro regiões do centro do país. Francisco Duque anunciou que o Ministério da Saúde ativou o “código azul” – alerta nacional – para monitorizar a situação em conjunto com o Gabinete Nacional de Redução do Risco de Desastres.

As Filipinas sofreram uma queda acentuada na taxa de vacinação, uma descida causada, em parte, pelo escândalo da Dengvaxia, uma vacina contra a dengue que foi administrada nas escolas entre 2016 e 2017 e está ligada à morte de várias crianças no país.

Em vários países do Sudeste asiático, como a Malásia, Vietname, Camboja e Singapura, o número de casos de dengue duplicou comparativamente com o período homólogo do ano passado. Com o grave surto registado nas regiões vizinhas, as autoridades de Macau já elevaram também o risco de uma epidemia no território e apelaram à prevenção.

Segundo o último balanço dos Serviços de Saúde, divulgado a 10 de julho, a região administrativa especial já registou oito casos importados desde o início do ano.

No final do ano passado, Macau contava com 188.480 trabalhadores não-residentes, o maior número desde que há registos, sendo uma esmagadora maioria proveniente das Filipinas e do Vietname.

ZAP // Lusa

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