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Deutsche Bank anuncia reestruturação que vai acabar com 18 mil empregos para “voltar aos lucros”

spiegelneuronen / Flickr

Deutsche Bank, em Berlim, Alemanha

O maior banco da Alemanha e um dos maiores do mundo, o Deutsche Bank, anunciou no domingo que vai suprimir 18 mil empregos até 2022, ou seja, um quinto dos efetivos, no âmbito de um plano de reestruturação inédito.

“A reestruturação resultará numa redução do número de funcionários” de cerca de “18 mil até ao ano 2022, para reduzir os efetivos para cerca de 74 mil pessoas”, afirmou o banco num comunicado, segundo noticiou o Sapo 24, citando a agência Lusa.

O Deutsche Bank, que enfrenta dificuldades financeiras há alguns anos e está a ser fortemente penalizado nos mercados nos últimos meses com quedas no valor das suas ações, explicou querer reduzir os custos em seis mil milhões de euros, para voltar aos lucros. O grupo tem feito um processo de reestruturação com cortes de custos, em que se inclui a redução de pessoal, tendo cortado milhares de postos de trabalho desde 2015.

De acordo com o Público, o plano inicial passava por uma fusão com a outra instituição financeira alemã, o Commerzbank, mas depois do anúncio que de que as negociações para uma junção das duas entidades tinha falhado, o Deutsche Bank viu-se forçado a realizar, por si só, alterações profundas na sua atividade, que passam essencialmente pela saída do grupo do negócio de ações e a redução do banco de investimento.

Será também criado uma entidade destinada a gerir os ativos relacionados com a atividade do banco de investimento. Este “banco mau” terá como denominação Capital Release Unit e poderá vir a gerir ativos no valor de 74 mil milhões de euros.

O banco vai ainda investir 13 mil milhões de euros em tecnologia até 2022, revelou o Expresso, havendo igualmente novidades na organização do poder do banco, com novos administradores e novos órgãos de gestão, a partir de 01 de agosto.

Em 2017, o grupo Deutsche Bank registou prejuízos de 497 milhões de euros, sendo que no primeiro trimestre desde ano o resultado líquido subiu 67%, para 201 milhões de euros.

De acordo com o anúncio, a reestruturação vai custar 7,4 mil milhões de euros e prevê também a saída do grupo do negócio de ações e a redução do banco de investimento.

TP, ZAP //

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