O antigo ministro para o Brexit foi eliminado, esta terça-feira, na segunda volta da eleição interna no partido Conservador para suceder à primeira-ministra britânica, a qual foi novamente dominada por Boris Johnson.
Dominic Raab, um eurocético que defendia com maior convicção uma saída sem acordo da União Europeia, recolheu apenas 30 votos, quando o mínimo para se qualificar para a terceira volta eram 33.
O candidato mais votado foi, novamente, Boris Johnson, com 126 votos (114 na primeira volta), o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, foi segundo, com 46 votos (43 votos na primeira volta) e o ministro do Ambiente, Michael Gove, terceiro, com 41 votos (37 na primeira volta).
O ministro do Interior, Sajid Javid, conseguiu 33 votos (23 na primeira volta), enquanto que o ministro para o Desenvolvimento Internacional, Rory Stewart, saiu do último lugar para 37 votos (19 na primeira volta).
À noite, os cinco candidatos estão convidados para um debate televisivo, onde terão de responder a perguntas de pessoas de todo o país, e no qual Boris Johnson se comprometeu a participar, depois de ter recusado estar presente num debate no domingo.
Na primeira volta, na semana passada, foram eliminados a antiga ministra do Trabalho Esther McVey, a antiga ministra dos assuntos parlamentares Andrea Leadsom e o deputado Mark Harper, enquanto que o ministro da Saúde, Matt Hancock, desistiu voluntariamente.
Entre os apoiantes de Johnson encontra-se a maioria dos deputados eurocéticos de linha dura, mas também moderados como o ministro da Saúde, Matt Hancock, o secretário de Estado para as Prisões, Robert Buckland, o presidente da comissão do Digital, Cultura, Media e Desporto, Damian Collins, e mais recentemente a ex-ministra Andrea Leadsom, que hoje declarou formalmente o seu apoio.
O candidato favorito a líder do Partido Conservador e a primeiro-ministro do Reino Unido tem sido acusado de fazer promessas contraditórias sobre o Brexit aos deputados tories para conseguir o seu apoio.
Na quarta e quinta-feira realizam-se mais uma série de votações com o objetivo de selecionar dois finalistas, os quais serão depois submetidos ao voto dos cerca de 160 mil militantes do partido.
Theresa May mantém-se em funções até à conclusão do processo, esperado para o final de julho, mas deverá apresentar a demissão logo que o sucessor esteja definido.
ZAP // Lusa