Grécia vai a eleições a 7 de julho

Ian Langsdon / EPA

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras

O Presidente da Grécia, Prokopis Pavlópulos, dissolveu o parlamento e convocou eleições antecipadas para 7 de julho, em resposta ao pedido feito na segunda-feira pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras.

Com a publicação do decreto presidencial, a campanha eleitoral começou oficialmente. Tsipras formalizou o pedido junto do Presidente grego na sequência da derrota eleitoral do seu partido de esquerda, o Syriza, nas eleições europeias e locais a 26 de maio, tendo ficado 9,5 pontos atrás dos conservadores da Nova Democracia.

Perante estes resultados, iria decorrer um período de incerteza até às próximas eleições, dentro de quatro meses, que não seria favorável à economia do país e colocaria em risco os sacrifícios do povo grego, comunicou Tsipras ao Presidente Pavlópulos.

O objetivo do Syriza é reduzir, o mais possível, a ampla vantagem da Nova Democracia, que, segundo a primeira sondagem depois das eleições europeias, alcança já os 10 pontos percentuais.

Na segunda-feira à tarde, Tsipras apresentou o seu programa de Governo para o caso de obter um novo mandato, algo que, por agora, se antevê impossível. Segundo avançou o Governo grego, o novo programa inclui o compromisso de criar meio milhão de empregos nos próximos quatro anos e um novo aumento do salário mínimo.

Também promete um sistema tributário mais justo, uma administração mais eficiente e maior atenção à proteção do meio ambiente. Para a Nova Democracia, o desafio consiste em repetir o sucesso das eleições europeias e, se possível, alcançar a maioria absoluta.

O partido liderado pelo político conservador Kyriakos Mitsotakis focou o seu programa no alívio fiscal imediato de empresas e da classe média e numa profunda reforma da administração pública para facilitar os investimentos.

Da campanha eleitoral estarão ausentes dois partidos que tiveram um papel importante nos últimos cinco anos – o centrista To Potami (O Rio) e os nacionalistas Gregos Independentes (ANEL), ex-aliado da coligação governamental do primeiro-ministro Alexis Tsipras.

// Lusa

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