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Visão de Rio sobre crise da direita “não é assim tão distante” da de Marcelo

PSD / Flickr

Rui Rio, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República alertou para “uma forte possibilidade de haver uma crise na direita portuguesa nos próximos anos”. Rui Rio diz que a sua visão “não é assim tão distante”.

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou esta quinta-feira que a sua visão sobre a crise do sistema político “não é assim tão distante” do diagnóstico feito pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

No final de uma audiência de cerca de uma hora com Marcelo, no Palácio de Belém, Rui Rio admitiu que o recente alerta do chefe de Estado para “uma forte possibilidade de haver uma crise na direita portuguesa nos próximos anos” foi abordado na reunião. “Falámos sobre isso, aquilo que é a nossa leitura não é assim tão distante daquilo que é a leitura do Presidente da República”, afirmou.

“Se nós dissermos que há uma crise na direita, ponto final, essa não é a minha leitura, mas também não é exatamente aquilo que ouvi o Presidente dizer”, acrescentou.

Para Rio, o que existe “é uma crise no sistema político” e, ainda mais vasta, no regime. “Então se há uma crise no regime, há seguramente na direita como há na esquerda, como há também na justiça”, apontou.

Além disso, o líder social-democrata considerou que a crise do regime incide sobre o sistema político e, logo, sobre “todos os partidos, da esquerda à direita”.

“Aquilo que mais nos preocupa é a situação em que se encontram os serviços públicos. Desde que este Governo entrou em funções, os serviços públicos tiveram uma degradação brutal”, acusou, citado pela TVI24, apontando como exemplos o Serviço Nacional de Saúde (SNS), os atrasos na atribuição de reformas pela Segurança Social ou a degradação nos transportes.

Rio acusou o Partido Socialista de tomar “medidas desgarradas” que, mesmo quando são “boas ideias” – como a dos passes sociais – depois são “mal executadas e revertem em pior qualidade de vida para as pessoas”.

“Temos problemas claros no presente, e temos problemas no futuro, por força da inação do presente e das políticas que estão a ser seguidas”, alertou, sublinhando ainda sinais “preocupantes” também na balança de pagamentos, com as importações a crescerem mais do que as exportações.

ZAP // Lusa

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