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Eleitores do PS querem apoio à recandidatura de Marcelo

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Estela Silva / Lusa

Segundo uma sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias e para a TSF, 74% dos portugueses estão a favor de uma solução de bloco central nas próximas eleições presidenciais. Os mais entusiastas são os socialistas.

Marcelo Rebelo de Sousa continua a bater recordes de popularidade, de acordo com o JN e a TSF. Três quartos dos portugueses acham agora que o PS deve abster-se de lançar candidato próprio e apoiar o atual presidente da República, em 2021. Apenas 13% acham melhor que os socialistas apresentem um candidato da sua família política.

A solução é semelhante à que levou à reeleição de Mário Soares, em 1991. Cinco anos antes, o líder histórico socialista tinha sido eleito à segunda volta e à tangente (51%), com o apoio do PCP liderado por Álvaro Cunhal. Mas, no início dos anos 90, a popularidade de Soares era tanta, que o PSD de Cavaco Silva se absteve de apresentar candidato próprio, remetendo-se a um apoio tácito ao “presidente-rei”.

Quase 30 anos depois, os adeptos mais entusiastas de uma candidatura de “bloco central” são, precisamente, os eleitores do PS (79%) – mais que o eleitorado do PSD e CDS (77%), berço político de Marcelo. Mesmo entre os eleitores do BE e CDU esta opção colhe apoio maioritário, ainda que os comunistas manifestem menor entusiasmo (54%).

Os anónimos eleitores socialistas acompanham a opinião de alguns dirigentes socialistas de peso. “Se as eleições fossem amanhã, não tinha dúvidas [em votar Marcelo Rebelo de Sousa]”, disse Ferro Rodrigues, em entrevista, a 25 de abril deste ano.

Este dado faz prever a recandidatura de 2021, que Marcelo pré-anunciou durante as Jornadas Mundiais da Juventude, no Panamá, enquanto se congratulava com a escolha de Lisboa para a edição de 2022. O apoio esmagador à solução de um apoio socialista atravessa todas as franjas etárias, escalões de rendimentos e áreas geográficas.

O barómetro revela ainda que os portugueses continuam satisfeitos com a forma como o presidente exerce o seu mandato. Apesar de uma descida de dois pontos percentuais, face ao mês de abril, 89% avaliam a sua atuação de forma positiva. São apenas 11% os que dão nota negativa.

Quando se analisam as respostas tendo em conta as preferências partidárias, é entre os socialistas que se chega à quase unanimidade: são 93% com opinião positiva (e 40% a fazer uma avaliação muito boa). Este dado ajudará a explicar a preferência socialista pelo apoio à recandidatura do “presidente dos afetos”. Nos restantes partidos, as avaliações positivas são sempre acima dos 80%.

Os números revelam, ainda, que é entre os eleitores mais novos (94%) e mais velhos (92%) que a popularidade do presidente é maior. Se a análise incidir no escalão de rendimento, o favoritismo é maior entre os mais pobres (95%). Em termos regionais, fica acima dos 90% no Porto, em Lisboa e no Centro.

ZAP //

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