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Juiz decide que Trump vai ter de entregar ao Congresso informação financeira

Jim Lo Scalzo / EPA

O Presidente dos EUA, Donald Trump

Um juiz federal deu razão aos parlamentares democratas que exigem ter acesso aos documentos sobre as finanças de Donald Trump antes de este ter sido eleito para a Presidência dos EUA.

Esta foi a primeira vez que a justiça norte-americana interferiu no conflito entre a oposição democrata e o Presidente, o republicano Trump.

Os democratas abriram vários inquéritos sobre Trump desde que venceram as eleições para a Câmara dos Representantes. Considerando-se vítima de “assédio”, Trump tem recusado cooperar com as investigações sobre os seus impostos, as suas finanças ou ainda sobre o seguimento a dar ao inquérito sobre o alegado conluio entre a sua campanha e os dirigentes do Kremlin.

O dossier julgado na segunda-feira incide sobre os negócios de Trump, com os democratas a suspeitarem de que este inflacionou o valor dos seus ativos para obter empréstimos. Para saber mais, usaram os seus poderes de investigação e ordenaram à sua antiga empresa de contabilidade a transmissão de uma série de documentação financeira.

Os democratas pediram ao departamento do Tesouro dos EUA que entregasse as seis últimas declarações de impostos do Presidente republicano Trump, que continua a recusar a sua divulgação. Trump é o primeiro presidente dos EUA, desde Richard Nixon, a recusar-se a divulgar a sua situação fiscal. Com uma nova maioria na Câmara dos Representantes, os democratas têm autoridade para exigir os documentos.

O chefe de gabinete do Presidente dos EUA tinha já assegurado que os Democratas “nunca” iriam ver as declarações de impostos de Donald Trump, apesar do pedido apresentado por uma comissão parlamentar. Mick Mulvaney acusou os Democratas de quererem “atenção” com a iniciativa.

A Casa Branca recorreu à justiça para bloquear esta ordem, argumentando que o Congresso não precisava destas informações para realizar o seu papel de legislador.

Na segunda-feira, um juiz de Washington rejeitou este entendimento e considerou que os documentos poderiam integrar um “inquérito fundamentado”. Um advogado de Trump disse que o Presidente norte-americano iria recorrer da decisão.

// Lusa

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