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Centeno admite abrandamento mais prolongado na zona euro (e diz que em Portugal não há milagres)

Stephanie Lecocq / EPA

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno

O presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças português admite que a desaceleração económica que está em curso talvez dure mais do que o previsto. Sobre a economia portuguesa, Mário Centeno diz que não acredita em milagres.

Esta terça-feira, numa entrevista ao jornal espanhol Expansión, o ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo afirmou que o abrandamento económico na zona Euro pode ser mais prolongado do que o esperado. Ainda assim, defende que este está relacionado com a incerteza a nível político.

Sobre Portugal, Centeno disse que não houve milagres na recuperação da economia, atribuindo o mérito ao esforço e paciência do povo português e à prudência.

A um mês das eleições europeias, Mário Centeno rejeitou a possibilidade de uma recessão na economia europeia e continuou a antecipar uma aceleração na segunda metade do ano. No entanto, admitiu que o abrandamento pode ser mais prolongado do que o esperado.

“É certo que há uma desaceleração em curso na Europa e talvez seja menos temporária do que prevíamos. Mas tem a ver com riscos políticos. Devo insistir que os fundamentais da economia europeia são sólidos. As previsões apontam para uma recuperação na segunda metade do ano”, afirmou.

Em relação a um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China, Centeno mostrou-se otimista. Além disso, reiterou que a União Europeia está mais longe de um Brexit sem acordo entre o bloco europeu e o Reino Unido. “Isto reduz a incerteza e o pessimismo na economia”.

Ainda sobre o Brexit, o presidente do Eurogrupo lamentou a decisão do Reino Unido, que classifica como um “capítulo que há que terminar o mais rapidamente possível”.

No que diz respeito às eleições europeias, que se realizam a 26 de maio, Centeno afirmou que a Europa precisa de “liderança e ambição” para que sejam tomadas decisões e se dissipe a ideia de que a Europa demora demasiado tempo a tomá-las. Para Centeno, isso promove eurocéticos e populistas, destaca o Eco.

ZAP //

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