A vaquita marinha, o cetáceo mais pequeno do mundo, está à beira da extinção, havendo apenas cerca de dez criaturas vivas, segundo cientistas. O ser humano é o principal responsável pelo seu contínuo desaparecimento.
As vaquitas são um animal não muito conhecido no mundo marinho. O que faz sentido, visto que só há cerca de dez destes animais vivos. Na última semana, cientistas anunciaram que a sua população pode variar seis e 22 — no melhor dos casos.
O Phocoena sinus, ou vaquita marinha, é normalmente encontrado nas águas do norte do golfo da Califórnia. É também conhecido como marsuíno-do-golfo-da-califórnia, toninha-do-golfo, boto-do-pacífico e cochito.
A sua população tem vindo a diminuir com o passar dos anos. Ainda em 2016, o ZAP noticiava que restavam apenas cerca de 60 vaquitas em todo o mundo. Agora, quase três anos depois, o número de vaquitas é seis vezes menor.
O Comité Internacional para a Recuperação da Vaquita (CIRVA) anunciaram os números com base num programa de monitorização acústica realizado em 2018. Entretanto, desde a elaboração do estudo, foi anunciada a morte de mais uma vaquita.
De acordo com o Science Alert, na última terça-feira, a Sea Shepherd, organização de vida selvagem marinha, fez uma patrulha de rotina numa pequena área de refúgio de vaquitas na parte mais setentrional do golfo.
Esta pequena porção de água é o lar onde as poucas vaquitas que restam vivem. A utilização de redes para pesca é proibida por lei nesta zona, mas, mesmo assim, continuam a ser a causa de morte de muitos animais desta espécie.
“Uma das criaturas mais incríveis da Terra está prestes a ser varrida do planeta para sempre”, disse a advogada Sarah Uhlemann, diretora de programas internacionais do Centro de Diversidade Biológica, com sede nos EUA.
Apesar do México ter banido o uso de redes nesta zona, críticos afirmam que não houve reforço do policiamento marinho. O trabalho de combater o seu uso fica a encargo dos voluntários da Sea Shepherd, que durante a noite procuram e removem as redes. Só no ano passado, segundo o Science Alert, foram removidas quase 400.
“Se pararmos as operações, a vaquita ficará extinta“, disse Jack Hutton, imediato da Sea Shepherd, à Associated Press no início do mês. “Sabemos que vamos continuar a ser atacados. Sabemos que estamos a arriscar as nossas vidas, mas se não o fizermos, a vaquita não tem chances”, acrescentou.
É possível ajudar a Sea Shepherd na proteção das vaquitas, fazendo uma doação única ou mensal à fundação, aqui.
ZAP // ScienceAlert
É uma notícia que dá bem para pensar e reflectir sobre a atitude humana perante o planeta que habita e o futuro que lhe vai traçando.