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Roubo, sequestro e violação. PJ descortinou 210 crimes inventados nos últimos cinco anos

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Tiago Henrique Marques / Lusa

Nos últimos cinco anos, a Polícia Judiciária descortinou que 210 investigações lançadas após denúncias de alegados lesados eram, na verdade, invenções.

De acordo com o Jornal de Notícias, que avança a notícia, os delitos mais simulados são roubos, sequestros e raptos, havendo também alegados casos violações e abusos sexuais.

Muitos dos alegados crimes não passavam de mentiras para ocultar gastos, infidelidades ou furtos, dá conta o matutino esta segunda-feira. Desde 2014, 122 pessoas foram constituídas arguidas após terem mentido à Polícia Judiciária.

Em média, a Judiciária confronta-se com falsas denúncias uma vez por semana. Segundo o Código Penal, a simulação e denúncia de um crime falso pode dar a um ano de prisão no máximo ou pena de multa até 120 dias.

“Muitos casos são simulações de roubos. Gastou-se dinheiro mal gasto e é preciso arranjar justificação para dar ao marido ou à mulher. Também há funcionários que desviam dinheiro ou bens das empresas e depois se queixam de terem sido assaltadas. Outras simulações podem acontecer apenas para chamar a atenção”, revelou fonte da PJ ao JN.

Os sequestros são por vezes simulados para justificar horas passadas fora de casa, mas “por ser uma investigação temos de ir aos pormenores e é aí que, muitas vezes, conseguimos detetar a mentira em pouco tempo”, adiantou a mesma fonte.

Os casos de violação ou abusos sexuais também fazem parte do repertório de mentiras. O matutino escreve que muitas das investigações parte de falsas denúncias de pais em processos de separação, que visam impedir visitas ou retirar custódias dos filhos.

ZAP //

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