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Edifício com escola colapsa na Nigéria. Mais de 100 crianças soterradas após derrocada

STR / EPA

Há, pelo menos, 12 vítimas mortais confirmadas e 43 feridos no colapso de um edifício onde funcionava uma escola em Lagos, na Nigéria.

Um edifício de três andares onde funcionava uma escola primária ruiu esta quarta-feira na cidade de Lagos, na Nigéria. A escola era frequentada por cerca de cem crianças.

As autoridades não avançam números. No entanto, um dos socorristas disse à BBC que foram retiradas com vida dos escombros cerca de 40 crianças e que pelo menos doze pessoas morreram.

Não se sabe o que esteve na origem do incidente. Contudo, a agência reguladora da segurança na construção civil de Lagos adiantou à BBC que o edifício estava identificado que constava na lista para ser demolido. Além disso, um morador que assistiu à derrocada disse que o edifício tinha fissuras e que já tinham sido feitas várias reclamações.

Ibrahim Farinloye, porta-voz da Agência de Emergência Nacional da Nigéria, afirmou que o desmoronamento aconteceu por volta das 10h (9h em Portugal continental). “Acredita-se que muitas pessoas, incluindo crianças, estejam neste momento presas dentro do edifício”, adiantou ainda.

De acordo com o Público, as imagens mostram as equipas de socorro e uma multidão no local, destruído, com metal dobrado e blocos de cimento partidos pelo chão. A escola funcionava no último andar do edifício, que a imprensa local diz também ser residencial.

Este não é um episódio isolado, uma vez que quedas de edifícios são comuns na Nigéria. Segundo a BBC, os materiais de construção falham em qualidade e as inspeções são feitas de forma descuidada.

Em 2016, mais de 100 pessoas morreram quando uma igreja ruiu no sul do país, sendo que, no mesmo ano, um edifício de cinco andares ainda em construção desmoronou-se, matando, pelo menos, 30 pessoas.

A falta de qualidade das infraestruturas nigerianas foi apontada pelo FMI, que disse que estas têm “menos de metade do tamanho da média das dos país africanos subsarianos e apenas uma pequena parte daquilo que existe em economias de mercado emergentes”, mencionando ainda a “percecionada baixa qualidade das infraestruturas”.

ZAP //

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