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Massacre em escola do Brasil faz dez mortos

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Sebastiao Moreira / EPA

Um tiroteio numa escola estadual de Suzano, cidade da região de São Paulo, provocou esta terça-feira pelo menos 10 mortos. As motivações dos atiradores, que eram antigos alunos do estabelecimento de ensino, não são ainda conhecidas.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da Policia Militar de São Paulo, oito vítimas foram mortas dentro da Escola Estadual Raul Brasil e outras duas pessoas socorridas não resistiram e morreram no hospital.

Entre as vítimas mortais estão cinco estudantes menores, uma funcionária da escola, coordenadora, adianta a Agência Brasil. Segundo a mesma agência, o ataque foi “meticulosamente organizado”.

A Polícia Militar confirmou que há pelo menos 17 feridos, dos quais 10 foram transportados para os hospitais cidade. O tiroteio aconteceu por volta das 09:40 (12:40 em Lisboa), segundo relatos de vizinhos à imprensa local.

Além da polícia e bombeiros, o governador do estado de São Paulo, João Dória, está no local. “Estou muito impactado com o que eu vi aqui nesta escola, uma cena muito triste (…) Vim prestar solidariedade às vítimas, aos pais e familiares destes alunos e destas funcionárias e, também, dos homicidas”, disse o governador.

O coronel da Polícia Militar Marcelo Salles descreveu que estiveram envolvidos dois atiradores.”Antes de entrar na escola atiraram contra o proprietário de uma lava-rápido [de automóveis] aqui na frente. Este senhor [atingido] está sendo submetido a uma cirurgia num hospital. Eles entraram encapuzados na escola e atiraram nos alunos que estavam no pátio e em duas coordenadoras da escola”, disse o coronel Marcelo Salles.

O oficial acrescentou que depois dos disparos, os dois atiradores suicidaram-se no corredor da escola. Marcelo Salles também disse que foram feitas buscas dentro da Escola Estadual Raul Brasil, porque foram encontrados artefactos que podem ser explosivos.

Segundo avança o portal brasileiro G1, os dois atiradores eram ex-alunos da escola de São Paulo e acabaram por morrer no local depois do tiroteio.

A mesma fonte avança, e ao contrário do que adiantou a polícia brasileira, que atirador mais novo, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, matou o mais velho, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos. Guilherme Taucci Monteiro suicidou-se de seguida.

Na sua conta de Facebook, Guilherme Taucci Monteiro publicou no dia de ontem cerca de 30 fotografias, usando uma máscara de caveira, armado e fazendo sinais ofensivos.

A polícia não sabe ainda as motivações que levaram ao ataque. “É a grande busca no momento, saber qual foi a motivação dos antigos alunos“, disse o  secretário de Segurança Pública do estado brasileiro de São Paulo, João Pires de Campos.

Ataque seria evitado se professores tivessem armas, diz senador

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, prestou esta quarta-feira condolências aos familiares das vítimas do tiroteio que ocorreu numa escola de São Paulo, classificando o ato de “monstruosidade e covardia sem tamanho“.

“Presto as minhas condolências aos familiares das vítimas do desumano atentado ocorrido hoje na Escola Professor Raul Brasil, em Suzano. Uma monstruosidade e covardia sem tamanho. Que Deus conforte o coração de todos”, escreveu Bolsonaro no Twitter.

Também o ministro da Educação do Brasil, Ricardo Vélez, se manifestou acerca do tiroteio, referiu que se irá deslocar a Suzano. “Crianças e jovens são o bem mais precioso de uma nação. É inadmissível que sofram qualquer tipo de violência. O ambiente escolar deve ser sagrado. Ainda hoje, estarei na cidade de Suzano”, declarou o governante.

O senador Major Olímpio e líder do partido do PSL-SP disse que as mortes dese tiroteiro poderiam ter sido evitadas caso um professor ou policial reformado estivesse armado dentro do estabelecimento de ensino.

“Se houvesse um cidadão com uma arma regular dentro da escola, professor, um servente ou policial aposentado que trabalha lá, poderia ter minimizado o tamanho da tragédia”, disse o político esta teça-feira, enquanto discursavana Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), citado pelo O Globo.

“Episódios desta natureza têm de ser enfrentados, sim. Mas, se há arma neste país hoje na quantidade que se quer, o menor é o 007, tem licença para matar”, rematou o senador.

Major Olímpio deixou ainda críticas a todos os que associaram as mortes nesta escola em Suzano ao decreto de Bolsonaro que expandiu o direito à posse de armas.

“O decreto do Bolsonaro simplesmente garantiu posse legítima, não é nem porte, o porte nós vamos votar depois, é a segunda etapa em relação a isso que foi tirado do direito de defesa do cidadão. E a população quer isso mesmo, e a população botou o Bolsonaro como Presidente da República para ser um impulsionador de garantias para o cidadão”.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. As armas só deveriam existir nas mãos de forças de segurança e o mundo está completamente à deriva, não há praticamente filme que não seja violento, video-jogos vão no mesmo caminho, religiões inventadas ao gosto de qualquer louco e algumas bem antigas seguem o mesmo rumo, portanto os valores humanos estão cada vez mais esquecidos e espezinhados em nome de libertinagem ou prazeres de qualquer maníaco e tudo é permitido.

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