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Boavista vs Sporting | Penálti fora de horas salva leões

António Cotrim / Lusa

O Sporting arrancou uma difícil vitória por 2-1 na visita ao Boavista, com um golo marcado de penalti nos descontos.

Num jogo praticamente de sentido único, os “axadrezados” marcaram muito cedo, o Sporting acabou por empatar antes do intervalo, num autogolo, e completou todo o jogo em cima dos anfitriões, com muito mais posse de bola e remates – poucos deles com a melhor direcção. Os “leões” precisaram de uma grande penalidade em tempo de descontos para somar os três pontos, que os mantém a três pontos do Sporting de Braga.

O Jogo explicado em Números

  • Entrada perfeita do Boavista, que marcou logo aos três minutos. Na sequência de um livre da direita e de um lance de insistência, a bola chegou a Jubal na grande área, este desviou de cabeça para Neris e o seu colega de sector, sem marcação, atirou para o fundo da baliza. Primeiro remate do jogo, primeiro golo.
  • O domínio do Sporting era total, apesar da desvantagem. À passagem do primeiro quarto-de-hora, os “leões” registavam 85% de posse de bola, mas somavam os mesmos três remates que o Boavista, sendo que os homens da casa tinham mais um enquadrado (2-1). Os “axadrezados” pecavam sobremaneira no passe, registando apenas 48% nesta fase do jogo.
  • Essa superioridade leonina viria a dar frutos aos 17 minutos. Raphinha trabalhou bem na direita, cruzou e Edu Machado, na tentativa de afastar a bola, desviou-a para o fundo da própria baliza. O encontro estava animado, embora nem sempre bem jogado.
  • Aos 25 minutos, na sequência de um livre apontado por Bruno Fernandes, Luiz Phellype surgiu ao segundo poste para cabecear ao ferro, no lance leonino de maior perigo para além do seu golo.
  • O emblema de Alvalade continuava dono e senhor do jogo à passagem da meia-hora (77% de posse), mas no ataque mostrava-se inofensivo. Aliás, os dois melhores ratings pertenciam aos centrais do Boavista, Neris e Jubal, sendo o melhor “leão” o lateral Cristián Borja.
  • Igualdade ao descanso de um jogo completamente dominado pelo Sporting, mas sem conseguir travar os regulares contra-ataques “axadrezados”.
  • O Boavista marcou cedo, mas a partir daí só deu “leão”, que chegou ao intervalo com 74% de posse de bola e oito remates, mais três que os homens da casa.
  • Contudo, os lisboetas só por uma vez enquadraram os seus remates, e nem foi no momento do seu golo, pois este foi da autoria de um boavisteiro.
  • O melhor nesta fase era Jubal.
  • O central dos anfitriões registava um GoalPoint Rating de 6.3, com uma assistência e oito alívios como as acções mais relevantes.
  • O reinício trouxe um pouco mais de equilíbrio. O Boavista registava 40% de posse de bola na segunda parte, à passagem do minuto 60, e um remate (sem a melhor direcção). O Sporting ia dominando nos duelos individuais, ganhando 63% destes.
  • Aos 68 minutos, Bruno Fernandes quase marcou, num vistoso pontapé acrobático, valendo a intervenção do guarda-redes Rafael Bracali. Porém, nesta altura o jogador em foco era Raphinha. O extremo brasileiro liderava os GoalPoint Ratings, com 6.6, em grande medida por ter criado uma ocasião flagrante de golo e completado três das suas cinco tentativas de drible.
  • Aos poucos, o “leão” foi acentuando a sua superioridade, chegando aos 70 minutos com 71% de posse de bola desde o descanso e sete remates, embora apenas dois enquadrados – cinco de dentro da área, demonstrativo de facilidades de penetração na defesa contrária.
  • Os 80 minutos chegaram com o Boavista longe de criar perigo, ao ponto de registar somente uma acção com bola na grande área leonina, por Federico Falcone. O jogo encaminhava-se para o fim, praticamente de sentido único, e já ninguém esperava um golo. Mas este veio a surgir já nos descontos. O árbitro assinalou falta de Edu Machado sobre Raphinha e Bruno Fernandes não desperdiçou.

O Homem do Jogo

O jogo só teve praticamente um sentido, o da baliza do Boavista, mas o defesa-central Sebastián Coates foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.2, sobretudo pelo que fez no ataque.

No final, o uruguaio registou três remates (todos desenquadrados), dois passes para finalização e completou todas as seis tentativas de drible, algo incomum para um jogador da sua posição.

Na retaguarda ganhou seis de sete duelos aéreos defensivos, não precisando de muito mais trabalho para anular o ataque contrário.

Jogadores em foco

  • Bruno Fernandes 7.2 – O médio ficou atrás de Coates por apenas uma centésima. O jogo começava a ganhar contornos de frustrante para a grande figura leonina, que tentava de tudo para virar o rumo dos acontecimentos. Conseguiu-o nos descontos, de penálti, permitindo-lhe terminar como o mais rematador da partida (5), sendo que enquadrou dois disparos, fez cinco passes para finalização e teve eficácia em dois de seis cruzamentos.
  • Raphinha 6.9 – O extremo foi consistentemente um dos melhores do Sporting ao longo do jogo. Para além de dois remates, o brasileiro criou uma ocasião flagrante de golo, completou três de seis tentativas de drible e sofreu cinco faltas, apenas atrás das seis de Acuña.
  • Jubal 6.6 – O melhor do Boavista. O defesa-central começou por assistir Neris para o golo “axadrezado”, logo a abrir o jogo, mas no resto do desafio limitou-se a destruir jogo adversário, com grande competência, diga-se. Ao todo somou 14 alívios.
  • Gustavo Sauer 6.3 – O médio brasileiro foi fundamental no apoio defensivo boavisteiro. Ao todo, Sauer somou impressionantes nove desarmes, um dos valores mais altos da Liga 2018/19.
  • Marcos Acuña 5.9 – O jogador mais castigado em campo, com seis faltas sofridas, o argentino esteve bem nos vários momentos do jogo. Na frente somou três passes para finalização, teve sucesso em dois de seis cruzamentos e, lá atrás, ganhou quatro de sete duelos aéreos defensivos e registou nove recuperações de posse.

Resumo

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