O presidente do PSD, Rui Rio, criticou o facto de haver vários membros do Governo com ligações familiares, comparando o atual Conselho de Ministros a uma ceia de Natal.
Intervindo esta sexta-feira durante um jantar com mulheres militantes e simpatizantes do PSD, em Oliveira de Azeméis, Rui Rio lembrou que em três anos e meio o Governo fez seis remodelações ministeriais, mudando dez ministros e 21 secretários de Estado.
“De cada vez que mudou, mais foi afunilando em torno da família socialista”, disse o presidente do PSD. “Nunca houve um Governo em Portugal onde quando reúne o Conselho de Ministros parece a ceia de Natal: senta-se o marido e a mulher e, agora, também já se senta o pai e a filha”, notou.
O líder social-democrata referia-se ao facto de o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, ser casado com a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e de a nova ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, ser filha do ministro do Trabalho, Viera da Silva.
No seu discurso, Rui Rio defendeu ainda que o PSD é a única alternativa a um Governo que, segundo o mesmo, tem andando a “enganar” os portugueses, porque diz apenas “meias verdades”.
“Ouvimos o Governo dizer que tem tido uma excelente governação, porque criou mais emprego, e reduziram o défice público, mas falta dizer que são empregos de salários baixos e precários e a redução do défice foi feita à custa de cativações cegas e muito pouco prudentes”, explicou.
O presidente do PSD realçou ainda que nos últimos anos bateu-se o record da história de Portugal em termos de carga fiscal, adiantando que ao mesmo tempo, “nunca se degradou tanto os serviços públicos como agora”. “Temos o país onde pagamos mais impostos e ao mesmo tempo temos pior serviço público”, vincou.
O líder do PSD considerou ainda que o PCP e Bloco “não têm a legitimidade para dizer mal, como têm dito, do Governo que eles próprios suportam. Como é possível ouvirmos o PS, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda a dizerem mal de si próprio e da coligação que estão a suportar”.
“Dá ideia que o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda não têm nada a ver com aquilo que se passou. Têm tudo a ver, porque se eles não suportassem o Governo, este pura e simplesmente não existia“, concluiu Rui Rio.
ZAP // Lusa
Os sapos que as esquerdas radicais estão frequentemente a engolir, dão neste espetáculo ridículo. As contrapartidas para os mesmos se auto-venderem são umas reles coisitas. Por isso é que já houve um sinal de debandada no Bloco de esquerda, por falta de respeito aos princípios que o regiam e ao seu próprio eleitorado. Quanto ao PCP nada disso o atormenta, tal o seu velhinho e imutável posicionamento face ao mundo.
Pois é, por isso que o natal é só cinismo, sorrisos, selfies, prendas? o bom disto e daquilo. Ao virar as costas … ainda bem que este … foi-se… embora…!
Fica tudo em família como na monarquia, aquilo que eles tanto criticam mas que no fundo tanto amam!