A tese de doutoramento sobre Marcelo Rebelo de Sousa é de autoria de uma professora universitária e jornalista da RTP. O tema já chegou ao jornal espanhol El País.
O jornal percorre as provas de popularidade de Marcelo Rebelo de Sousa. Fala nos abraços que dá aos portugueses com que se vai cruzando nas viagens que vai fazendo pelo país, no contacto com sem-abrigo, no facto de ter deixado cair a ligação partidária e também na sua presença na política portuguesa e nos problemas que as suas declarações vão trazendo ao Governo.
O artigo é escrito devido à existência da tese de doutoramento da autoria da jornalista da RTP, Sandra Sá Couto, que é também professora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
“O Presidente-Celebridade” dá nome à tese. “A minha primeira dificuldade foi justamente perceber se havia de categorizar Marcelo Rebelo de Sousa como político celebridade ou como celebridade política, e até ao final a dúvida manteve-se”, disse Sandra Sá Couto.
Ao jornal da instituição, o JPN, a académica contou, em entrevista, que há algo de novo em Marcelo Rebelo de Sousa – desde logo por ser chamado pelo primeiro nome: “Marcelo é alguém que se senta no passeio com um sem-abrigo a comer pão, mas é alguém a quem o povo português reconhece saber e credibilidade para governar”.
Sandra Sá Couto explicou que, ao tentar perceber quais as razões do encanto pelo Chefe de Estado, concluiu que se justifica não só com o impacto que gerou nos media, mas também com o “desencanto das pessoas com os partidos políticos tradicionais”.
“Afastar os políticos não é, apesar de tudo, fazer campanha contra eles. Marcelo Rebelo de Sousa não critica a classe política, simplesmente considera que a sua mensagem – enquanto candidato – é mais eficaz se não estiver formatada e comprometida com os partidos que o apoiam. Além de que é, também, naturalmente uma tentativa de chegar a eleitores que não são da sua área política”, disse a professora ao Observador.
Mas essa figura distinta do restante cenário político não limita à sua autoridade, comprova o El País. No artigo, é relatada uma cena que envolve Marcelo Rebelo de Sousa. Costuma jantar com os correspondentes estrangeiros em Portugal.
“No primeiro jantar, depois de quatro horas de conversa, um dos jornalistas começou a bater repetidamente com a colher na taça do café”, escreve o jornal. A mensagem foi percebida e a reunião acabou. No jantar seguinte, a associação dos jornalistas recebeu uma nota da presidência com uma sugestão: “que a colher não aparecesse no jantar”.
Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito presidente da República em janeiro de 2016 com 52% dos votos. O mandato presidencial termina em 2021, mas o atual Presidente já admitiu que se poderá recandidatar.
Sandrinha a menina “doutoranda” por favor defenda a tese depressa. Caso contrário correrá o risco de se encontrar desactualizada (excepto nas premissas do estado da arte, se o júri não for exclusivamente composto por docentes compinchas
Manuel