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Benfica vs Nacional | Goleada para a história

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Mário Cruz / Lusa

O Benfica ganhou terreno para o líder, o FC Porto, ao esmagar o Nacional da Madeira por uns expressivos 10-0.

A goleada começou a ser construída logo aos 35 segundos, mas só ganhou contornos verdadeiramente avassaladores no decorrer da segunda parte, na qual os “encarnados” marcaram por sete vezes.

Ao todo, foram oito jogadores a marcar, mas o destaque vai por inteiro para o médio Pizzi que, com um golo apontado, três assistências e quatro ocasiões flagrantes criadas, chegou ao 10.0 nos  GoalPoint Ratings.

O Jogo explicado em Números

  • Início de sonho por parte da equipa do Benfica, que fez o 1-0 logo no primeiro minuto de jogo, num remate de Grimaldo a passe de Seferovic, que passou a bola pelo meio das pernas de Júlio César. A equipa da casa “respirava” confiança com o golo madrugador e esteve perto do 2-0 ainda antes do quarto-de-hora, mas Daniel Guimarães negou o golo a Pizzi com uma grande defesa. Curiosamente, o Nacional fechou este período inicial do desafio com mais posse (56%) e trocas de bola (70-55) do que o adversário.
  • Os 15 minutos seguintes do desafio pertenceram a Seferovic, que marcou por duas vezes, primeiro a passe de João Félix, após um cruzamento rasteiro de André Almeida, elevando a sua conta pessoal para 13 golos no campeonato. Início absolutamente demolidor das “águias”, que somavam sete remates, todos eles de dentro da área, à passagem do minuto 30.
  • A diferença entre as duas equipas notava-se também na frequência com que os guarda-redes eram chamados a actuar. Aos 35 minutos, Vlachodimos era o jogador “encarnado” com menos passes e menos acções com bola (apenas três). Daniel Guimarães, por sua vez, tinha o maior número de passes da sua equipa, 17, e só perdia para Kalindi em termos de toques na bola.
  • A cinco minutos do final da primeira parte, Seferovic, Pizzi e João Félix disputavam a liderança no que toca a passes para finalização, cada um com dois. Gabriel, por sua vez, dava nas vistas pela sua capacidade de disputa, com seis duelos ganhos em oito disputados.

Mário Cruz / Lusa

  • Primeira parte de sentido único e com o Benfica a dominar em praticamente todas as vertentes do jogo, perdendo para o adversário apenas em número de duelos ganhos (19-32) e de faltas cometidas (8-4).
  • A equipa “encarnada” dominava a partida a seu bel-prazer e não mostrava sinais de querer abrandar, com Seferovic na liderança nos GoalPoint Ratings, nota 7.8, graças a dois golos em três remates, todos eles enquadrados, e dois passes para finalização, um deles uma ocasião flagrante.
  • A segunda parte trouxe mais do mesmo, com dois golos logo nos instantes iniciais, o primeiro por João Félix, que surgiu ao segundo poste a cabecear para o fundo da baliza após cruzamento de Pizzi, que viria a marcar pouco depois na conversão de uma grande penalidade por ele conquistada após falta de Kalindi.
  • Pouco depois surgiu a “meia dúzia” de golos após um cabeceamento certeiro do jovem Ferro, que deu o melhor destino a um pontapé de canto cobrado por Pizzi. O Benfica completou os primeiros 15 minutos da segunda parte com quatro remates, todos eles à baliza, contra dois do adversário, um deles enquadrado, 67% de posse e 91% de eficácia de passe – números que não deixavam margem para dúvida quanto ao domínio dos homens de Bruno Lage.
  • A goleada ganhou contornos ainda mais expressivos aos 64 minutos, com o 7-0, de autoria de Rúben Dias, que cabeceou a bola para o fundo das redes após mais um livre “venenoso” de Pizzi, a que a defesa do Nacional não conseguiu responder. Segundo golo no campeonato do defesa português, que ainda só falhara um passe desde o início do desafio.
  • O Nacional chegou aos 70 minutos sem uma única acção com bola na área contrária no decorrer da segunda parte. Nessa altura, só três jogadores da equipa madeirense chegavam à dezena de passes para o meio-campo adversário, sendo um deles o guarda-redes Daniel Guimarães.
  • A dez minutos do fim, Pizzi liderava destacado a lista dos jogadores com mais passes para finalização, com seis, mais dois do que a equipa inteira do Nacional. Para além disso, o camisola 21 benfiquista dava nas vistas com 31 passes para o meio-campo adversário, 25 deles com sucesso.
  • Ainda antes do sopro final houve tempo para mais três golos, dois deles do recém-regressado Jonas, que marcou de livre e numa brilhante jogada individual, aproveitando a passividade da defesa nacionalista, e o outro de Rafa Silva, que combinou com Pizzi já dentro da área insular antes de rematar para o fundo das redes.
  • Os números deixam bem expressos o “rolo compressor” que foi a equipa “encarnada” no segundo tempo: 14 remates, dez deles enquadrados, 73% de posse, 88% de eficácia de passe e ainda três pontapés de canto, tendo o Nacional conseguido apenas uma acção com bola na área contrária após o intervalo.

O Homem do Jogo

Tarde de sonho de Pizzi, que valeu ao médio benfiquista o primeiro 10.0 da época nos GoalPoint Ratings a contar para o nosso campeonato. O português marcou apenas um golo, numa grande penalidade por ele conquistada, e esteve na génese de três outros tentos (n.d.r.: a Opta não atribui assistência ao golo apontado por Rúben Dias). Ao todo, Pizzi somou oito passes para finalização, apenas menos um do que o resto da sua equipa, quatro deles para ocasiões flagrantes, recuperou a posse nove vezes e foi o autor de três acções defensivas. Uma exibição de gala.

Jogadores em foco

  • Rúben Dias 8.3 – Voltou a festejar um golo, uma semana após ter marcado no dérbi da capital. Não falhou um único dos seus 57 passes curtos e foi feliz em seis das suas nove bolas longas, quatro delas para o último terço do campo.
  • Jonas 7.4 – De regresso aos relvados, o brasileiro voltou a fazer aquilo que sabe melhor: golos. Foram dois, em três remates enquadrados, acabando ainda por desperdiçar uma ocasião flagrante.
  • João Félix 6.9 – Fez um golo e rubricou uma assistência, num dos três passes para finalização da sua autoria. Completou apenas 16 passes, 13 dos quais eficazes, e sofreu três faltas, mais do qualquer outro jogador “encarnado”.
  • Florentino Luís 6.2 – Entrou a 30 minutos do fim e deu nas vistas com seis desarmes, o máximo da noite. Errou apenas dois passes em 30.
  • Kalindi 2.8 – Noite para esquecer do lateral nacionalista, que errou 12 passes em 30, sete deles no seu próprio campo, perdeu a posse 21 vezes, consentiu dois dribles e cometeu uma grande penalidade.

Resumo

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