O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) e a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) delinearam uma nova greve nos blocos operatórios com início a 14 de janeiro e fim previsto para 28 de fevereiro.
A nova paralisação que vai durar cerca de um mês e meio abrangerá sete unidades hospitalares, mas pode ser vir a ser suspensa caso haja acordo com o governo.
Além dos Centros Hospitalares Universitários do Porto e S. João, que estão em greve até ao final do ano, a nova paralisação irá envolver o Centro Hospitalar entre Douro e Vouga, Centro Hospitalar Gaia/Espinho, Centro Hospitalar Tondela/Viseu, Hospital de Braga e o Hospital Garcia de Horta.
O anúncio foi feito esta quarta-feira e o presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, defendeu que “não foi uma decisão fácil” escolher os locais de paralisação, mas assegura “não se pretende desgastar a mesma população das mesmas regiões”, em declarações à TSF.
Não foi uma decisão fácil escolher os locais porque, neste momento, os enfermeiros estão de tal forma motivados e a quererem continuar os processos de luta que havia muitas mais instituições onde os enfermeiros pretendiam ter entrado”, explica Carlos Ramalho, presidente do Sindepor.
Ainda assim a greve pode vir a ser suspensa caso o Governo e os sindicatos entrem em acordo na reunião agendada para o próximo dia 3 de janeiro. Os sindicatos vão reunir com a equipa liderada pela ministra da Saúde, Marta Temido, por forma a encontrar soluções para as carreiras dos enfermeiros.