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Metade dos hélis ao serviço do INEM não cumpre o contrato

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Tiago Petinga / Lusa

O INEM tem quatro helicópteros ao serviço e só dois cumprem os requisitos técnicos exigidos no contrato de 38,7 milhões de euros, noticia esta segunda-feira o Jornal de Notícias (JN).

Segundo o diário, dos dois que não cumprem os requisitos técnicos exigidos, “um tem pior ‘performance’ e outro ultrapassa o limite de idade”. A fornecedora, a Babcock, garante que estas duas aeronaves estão a voar com autorização do INEM.

Uma das regras do contrato, assinado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e pela Babcock, em agosto deste ano, define que as aeronaves não deverão termais de 20 anos sobre a sua data de fabrico à data da sua utilização”.

Todavia, escreve o matutino, “desde a entrada em vigor do contrato, o aparelho colocado em Évora viola os requisitos técnicos (…). A empresa colocou ali um Bell 412, construído em 1997. Ou seja, a completar os 21 anos”.

Já quanto ao héli destacado para Macedo de Cavaleiros, que veio substituir o que ficou destruído no acidente de Valongo em 15 de dezembro, “não cumpre os requisitos de ‘performance'”, escreve o Jornal de Notícias.

Questionada pelo diário, fonte oficial da empresa diz que está a atuar com o acordo do INEM quanto “à substituição temporária do helicóptero que opera a partir de Évora” e que “previsivelmente em março de 2019” chegará um novo helicóptero à base alentejana.

Quanto ao aparelho que substituiu o destruído em Valongo, a mesma fonte referiu ao jornal que a prioridade foi “a reposição urgente do serviço” e assegurou que será “oportunamente” substituído por um aparelho com as características exigidas. Neste caso, também tem o acordo do INEM, assegurou.

O jornal questionou também o INEM e os SPMS, mas não obteve resposta.

// Lusa

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5 Comments

  1. Ui… que situação dramática!…
    Um está agora a ultrapassar a idade e o outro está a subtituir temporariamente o que caiu!..
    Se todas as empresas privadas que prestam serviço ao Estado tivessem este grau de incumprimento estávamos nós muito bem.
    Basta comparar este com o contrato dos Kamov assinado pelo Macedo com uma empresa mafiosa sem qualquer capacidade para operar os helicópteros – e com o resultado que conhece.
    Mas, claro que todos tem que cumprir os contratos e tudo tem que ser bem fiscalizado!!

    • Mas, claro que todos tem que cumprir os contratos e tudo tem que ser bem fiscalizado!!

      Ora dizes muito bem!!!!
      As urgências são urgências, mas não devem servir para cobrir os “arranjinhos”… Agora que hove ‘chatice’ e alguém foi analizar, já estão previstas novos helis, em Março…. que curiosa coincidência… então e durante este ano, não se conseguiu repôr a situação em legalidade contratual????
      É que do resto da mensagem, alguém maldoso poderia concluir que estás a defender o indefensável… para não dizer mais.

      • Certo, e eu até acho que a empresa TEM que ser penalizada pelo incumprimento!
        Eu defendo o interesse publico, obviamente!
        Só comentei porque achei o titulo “exagerado”, porque são 4 helis do INEM; 3 estavam ok, um caiu e o outro ultrapassou o limite da idade (que aconteceu em Novembro de 2018, quando fez 21 anos) – embora esse heli só tenha saído do fabricante em 1999, começou a voar em Nov 1997 (não que isso seja desculpa).
        Portanto, tirando o que caiu (e isso é uma situação excepcional), outro só está “ilegal” há 1 mês…

  2. O Caso dos Submarinos, deve ser igual aos hélis, não ha vistorias rigorosas, ou se as houver, deve ser com o Olho Tapado, ou falta de óculos nos inspetores.

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