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Shutdown nos EUA. Paralisação poderá durar até janeiro

Jim Lo Scalzo / EPA

O encerramento parcial de administrações federais norte-americanas poderá durar até janeiro, afirmou no sábado o diretor do orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney.

“É muito possível” que o shutdown vá para o novo Congresso”, que deverá reunir-se pela primeira vez a 3 de janeiro, disse Mulvaney, o novo diretor do Departamento de Gestão e Orçamento, nomeado a semana passada como substituto de John Kelly.

As negociações sobre o orçamento federal entre o Congresso e a Casa Branca, suspensas no sábado, deverão ser retomadas em 27 de dezembro.

Os democratas vão retomar no início de janeiro o controlo da Câmara dos Representantes após a vitória eleitoral em novembro e os republicanos ficarão em maioria no Senado, o que augura negociações difíceis entre as duas câmaras.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, recusa aprovar um projeto de orçamento preparado pelo Congresso se não integrar o financiamento de um muro na fronteira com o México, no valor de cinco mil milhões de dólares.

A oposição democrata, que recusa votar este artigo do projeto, propõe alocar 1,3 mil milhões de dólares para melhorar o sistema de vigilância na fronteira.

Sem orçamento, muitos ministérios e agências governamentais fecharam as portas no sábado de manhã, deixando cerca de 800 mil funcionários em licença sem vencimento ou, em serviços considerados essenciais, forçados a trabalhar sem remuneração em pleno período de festas.

Mick Mulvaney precisou que todos os empregados federais serão pagos até 28 de dezembro e que será a partir desta data que os salários poderão ser afetados pela paralisação parcial.

Esta é a terceira paralisação parcial em 2018, mas desta feita Trump garante que está disposto a manter o braço-de-ferro para garantir fundos para construir um muro na fronteira com o México, uma das suas mais mediáticas promessas eleitorais.

Os líderes democratas responsabilizaram o Presidente dos EUA pela paralisação parcial do Governo federal, acusando-o de assumir uma “birra”, poucas horas depois de Trump os ter culpado pela ausência de acordo orçamental.

ZAP // Lusa

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