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Escola de Berlim rejeita filho de político de direita

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Uma escola de Berlim foi esta semana alvo de críticas, depois de ter rejeitado a inscrição de uma criança porque o pai é membro do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha, AfD.

A escola em causa, que faz parte das escolas Waldorf, terá tido longas reuniões com o político e a esposa, juntamente com cerca de 20 professores, até decidir rejeitar a inscrição da, que já frequentava o jardim de infância da instituição. Nas reuniões, os pais teriam sido questionados sobre as suas opiniões políticas.

A escola particular, que incentiva a participação dos pais nas decisões da instituição, concluiu que havia muito potencial para conflitos constantes, caso a inscrição da criança fosse aceite, informou o director administrativo da associação responsável pelas escolas Waldorf.

“Procurou-se uma solução consensual para o conflito, que não se conseguiu alcançar”, disse o responsável. “Perante este conflito, a escola não vê possibilidade de aceitar a criança com a necessária abertura e imparcialidade, que são pré-requisitos básicos para promover adequadamente o desenvolvimento da criança.”

O partido populista de direita criticou repetidamente os professores por passarem aos alunos doutrinas contrárias a opiniões xenófobas e nacionalistas, tendo inclusivamente criado uma plataforma online anónima para os alunos denunciarem os professores que se posicionam contra eles.

A decisão de rejeitar o filho do político foi condenada pela secretária de Educação de Berlim, Sandra Scheeres, do SPD. De acordo com o jornal local Berliner Zeitung, a social-democrata adiantou que a administração da escola foi chamada para esclarecer o assunto.

Detlef Hardorp, porta-voz da política de educação das escolas Waldorf na área de Berlin-Brandemburgo, também foi citado pelo Berliner Zeitung como crítico da decisão. “As pessoas de todas as convicções políticas devem poder matricular os seus filhos para as escolas Waldorf”, disse. No entanto, realçou que a escola tinha apenas 140 inscrições para apenas 30 vagas e que foi obrigada a recusar a maioria delas.

O político da AfD cujo filho foi rejeitado lamentou a decisão ao diário Berliner Kurier. “Nós gostamos muito desta escola. Como podemos agora explicar ao nosso filho que os amigos dele poderão ir para a Waldorf no próximo ano, mas que nós não somos bem-vindos lá?”.

Mantido em anonimato por razões de privacidade, o político acrescentou que quer manter a sua vida política separada de sua vida privada.

Na Alemanha, as escolas particulares são regidas pelos mesmos regulamentos das escolas públicas, mas têm o direito de seleccionar os alunos, desde que não violem a legislação anti-discriminação em vigor.

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1 Comment

  1. Assim se constata, pela enésima vez, a hipocrisia da tão aclamada “tolerância” da esquerda. Se alguém discordar com a ideologia progressista, a intolerância e descriminação passam a ser aceitáveis e justificadas. O que, para os mais atentos, não é de estranhar. Por algum motivo insistem que só a raça branca pode ser racista, que só os homens podem ser sexistas e que só os heterossexuais podem discriminar as restantes orientações sexuais. Não existe justiça alguma na luta pela “justiça social”. Tudo não passa de um jogo de poder e o homem branco heterossexual é o alvo a abater.
    Mas o mais preocupante disto tudo é constatar que as escolas são, cada vez mais, instituições de doutrinação política, onde os próprios encarregados de educação têm de passar pelo escrutínio ideológico. Tenham muito cuidado com a educação dos vossos filhos. Não se distraiam porque Portugal não está imune a estes avanços prasíticos.

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