Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, nomeou Mick Mulvaney, diretor do Departamento de Gestão e Orçamento como substituto do seu ex-chefe de gabinete John Kelly.
O anúncio surge depois de semanas de especulação sobre este que é um dos cargos mais emblemáticos da Administração norte-americana, o lugar de alguém que está em permanente contacto com o presidente e que conhece a maioria dos seus “segredos”.
A lista de candidatos que a imprensa norte-americana foi avançado durante a semana incluiu o secretário das Finanças, Steven Mnuchin, o responsável pelas negociações dos tratados comerciais Robert Lighthizer, o governador de Nova Jérsia Chris Christie e o chefe de gabinete do vice-presidente Mike Pence, Nick Ayers.
“Estou muito contente em anunciar que Mick Mulvaney, diretor do Departamento para Gestão e Orçamento, como novo Chefe de Gabinete, substituindo John Kelly, que serviu o nosso país com distinção”, escreveu Donald Trump no Twitter.
Mulvaney, ex-congressista pela Carolina do Sul e famoso pela sua “intolerância fiscal” – sendo até apelidado de “falcão fiscal” – pode não ser o nome mais conhecido entre os “homens do Presidente” mas a sua capacidade de trabalho é conhecida em Washington.
Leal, viciado em trabalho, “determinado quase exasperado”, como escreve o The New York Times, Mick Mulvaney produziu dois orçamentos que cortaram sem piedade a despesa do Estado e elogiadas como “mapas para a redução da influência estatal” na economia.
A sua obsessão com a redução de despesa – e da influência do Estado no funcionamento do mercado – levou-o ao Departamento para a Proteção Financeira do Consumidor, uma agência criada pelo antigo presidente Barack Obama que recolhe e investiga as queixas dos consumidores sobre possíveis abusos de instituições financeiras, nomeadamente empresas privadas de empréstimos.
A escolha de um novo chefe de gabinete não estava a ser fácil. Chris Christie declarou em comunicado que era “uma honra” ter sido considerado para a função, mas depois de uma reunião com o presidente norte-americano revelou ter-lhe dito que “este não é o momento indicado para ele ou a sua família assumirem esta importante função.”
O ex-governador de Nova Jérsia era considerado uma das primeiras opções de Trump para o cargo e os dois reuniram-se na quinta-feira para discutir o assunto.
Esta foi a segunda recusa para o lugar, tendo a primeira sido assumida por Nick Ayers. Ayers foi a primeira escolha de Trump, mas à última hora recusou a proposta.
A Casa Branca de Trump tem-se confrontado com uma elevada rotação de pessoal e dificuldades em atrair dirigentes de topo.