Um motorista de autocarros da empresa Vimeca terá apontado uma arma de fogo a uma passageira no seguimento de uma discussão. O caso aconteceu em outubro, mas, após várias tentativas de contacto, a rodoviária continua sem se pronunciar.
O caso remonta à tarde do dia 17 de outubro, quando Natércia Macedo, uma guineense, de 41 anos, viu o autocarro operado pela Vimeca a passar a paragem sem parar. Natércia conseguiu chamar a atenção do motorista, que parou o autocarro. Quando entrou no transporte, a mulher terá dito “hoje tive azar, já de manhã passou um motorista que nem olhou para a cara das pessoas que estavam na paragem”.
Acompanhada pela filha de dois anos, Natércia Macedo foi apanhada de surpresa quando se deparou com a resposta fria e agressiva do motorista da empresa de transportes. “Vai-te sentar e cala-te”, disse-lhe o condutor do autocarro.
Ao jornal Público, a passageira contou que lhe respondeu que não ia “porque tinha o direito a reclamar”. Este foi apenas o início de uma discussão que se estendeu. “Cala a boca. Se não te calares, levas uma chapada na cara“, terá dito o motorista já com o veículo em andamento.
De acordo com o relato de Natércia, o condutor tentou várias vezes fazer com que a passageira abandonasse o autocarro. Até que, perto da avenida Aquilino Ribeiro, o motorista terá ameaçado a guineense com uma arma. “Ameaçou-me com a arma e disse-me que tinha sorte de estar com a miúda, que se não fosse estar com ela, iria ver.”
Óscar Costa, de 47 anos, testemunhou o momento. Ao jornal local O Comércio de Massamá e Monte Abraão, o passageiro confirmou esta versão da história. Além disso, acrescentou que várias pessoas terão fugido do autocarro com medo, inclusivamente a sua mulher grávida.
Natércia Macedo deslocou-se à esquadra da PSP para reportar o que lhe tinha acontecido, mas os agentes disseram-lhe “que o processo demoraria muito em tribunal e que era melhor não fazer nada“.
O diário tentou pedir esclarecimentos à Vimeca sobre o sucedido, mas a empresa não respondeu sobre o caso, adiantando apenas que o assunto diz respeito ao departamento de contencioso e que nada tem a dizer sobre o assunto.
Na China caiu da ponte.
Alguem acredita nisto?
Se vivemos em liberdade e não sabemos usufruir dela passa a ser um problema!