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Porto vs Lokomotiv | Fogo do dragão imune ao dilúvio

O FC Porto deu um passo de gigante rumo aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Numa noite de muita chuva no Estádio do Dragão, os portugueses bateram tranquilamente o Lokomotiv por 4-1, somando dez pontos, no topo do Grupo D e ficando a um jogo de garantir não só o apuramento como até o 1º lugar no grupo, em caso de vitória sobre o Schalke.

Os “dragões” até deixaram os moscovitas rematar mais, mas os homens da casa foram sempre mais perigosos e não espantaria se o resultado tivesse assumido números mais dilatados. Héctor Herrera foi a principal figura da partida.

O Jogo explicado em Números

  • O Porto não demorou muito a marcar. Aos dois minutos, Herrera fez o 1-0, após cruzamento atrasado de Marega. O malinês ganhou em força a um adversário e entregou com conta peso e medida para o tento do mexicano, no primeiro remate do jogo.
  • O Lokomotiv tentou reagir e aproximou-se um pouco da baliza portista, mas o domínio do jogo pertencia aos “azuis-e-brancos”, com 65% de posse de bola por volta do primeiro quarto-de-hora e os dois únicos remates do encontro, um enquadrado, o que deu golo.
  • O encontro não estava a ser muito bem jogado, valendo o domínio e controlo de bola por parte da formação lusa. À meia-hora mantinha-se tudo na mesma, com a diferença de que os russos já haviam rematado uma vez, sem a melhor direcção. Nesta fase destaque para os três dribles completos de Yacine Brahimi em cinco tentativas, sendo o principal desequilibrador dos “dragões”.
  • Mas os mais decisivos estavam a ser Herrera e Marega. Tal como no primeiro golo da noite, os dois foram protagonistas, mas desta feita com papéis invertidos. Aos 42 minutos, o mexicano serviu o avançado e este, à saída de Guilherme, rematou por entre as pernas do guarda-redes para o 2-0 – um tento ao terceiro remate portista, segundo enquadrado.
  • Vantagem confortável, e justa, do “dragão” ao descanso ante o Lokomotiv.
  • Os campeões nacionais foram sempre mais fortes, com mais bola, mais remates e com melhor qualidade, mais situações de perigo e uma clarividência nas decisões que faltou aos russos.
  • O melhor nesta fase era Héctor Herrera, com um GoalPoint Rating de 6.5. Para além do golo que marcou logo a abrir, o mexicano somou uma assistência e registou 85% de eficácia de passe.
  • O Lokomotiv entrou bem melhor no segundo tempo, chegando aos 59% de posse de bola aos 59 minutos, quando Jefferson Farfán reduziu, de cabeça, após canto da direita. Um tento que surgiu ao quinto remate dos russos no segundo tempo em apenas 14 minutos, no primeiro enquadrado.
  • Mas a resposta portista foi rápida e surgiu aos 67 minutos, com Jesús Corona a receber de Óliver Torres – a bola foi desviada por um adversário, pelo que a Opta não considerou o passe como assistência -, a trabalhar bem sobre Brian Idowu na grande área e a rematar para o 3-1. Um rude golpe nas aspirações dos moscovitas, atirados “ao tapete” pouco depois de terem reentrado na discussão do resultado.
  • O português Eder saiu aos 70 minutos com pouco ou nada para apresentar em termos de desempenho, com excepção para os duelos aéreos ofensivos. O ponta-de-lança ganhou quatro dos oito lances desde tipo em que participou. Ainda do lado russo, destaque também para os quatro duelos aéreos defensivos ganhos em cinco por parte de Vedran Corluka.
  • O jogo estava praticamente decidido e o Porto parecia mais perto de ampliar do que o Lokomotiv de reduzir. À entrada para os derradeiros dez minutos, os portistas tinham apenas 43% de posse de bola no segundo tempo, mas eram muito perigosos nas transições, somando seis remates, dois enquadrados, contra os dez dos russos desde o intervalo.
  • Ainda houve tempo, no último lance da partida, para Otávio fazer o 4-1, através de um forte remate. Um grande golo do brasileiro, que havia entrado na segunda partem

O Homem do Jogo

Belo jogo de Héctor Herrera sob o dilúvio que se abateu sobre a Invicta. E começou cedo. O mexicano marcou ao segundo minuto e ainda assistiu Marega para o 2-0.

Contudo, o seu GoalPoint Rating de 7.3 reflecte também outras valências, como os 43 passes certos em 47 tentativas, os dois dribles completos e as nove recuperações de posse. Herrera voltou à titularidade – foi suplente utilizado na Madeira, ante o Marítimo – e não desiludiu.

Jogadores em foco

  • Maxi Pereira 6.7 – Nada como um “todo-o-terreno” para se sentir bem num relvado muito pesado. Na batalha com os russos, o uruguaio esteve intransponível a defender, somando cinco desarmes num total de 12 acções defensivas.
  • Jesús Corona 6.6 – O outro mexicano do FC Porto foi competente ao longo de toda a partida. O extremo marcou um golo, na segunda parte, teve sucesso nas três tentativas de drible e cruzou em três ocasiões, uma delas com eficácia.
  • Jefferson Farfán 6.5 – O peruano foi o melhor do Lokomotiv. Entrado apenas aos 45 minutos, o atacante fez um golo, de cabeça, entre os centrais do Porto (apesar da baixa estatura), rematou três vezes, fez dois passes para finalização e acertou a totalidade dos 17 passes que realizou.
  • Otávio 6.5 – Tal como na Madeira, o brasileiro voltou a jogar 20 e poucos minutos, mas foi mais uma vez muito influente, marcando um golo, e que golo, ao cair do pano. O criativo completou também 11 dos 12 passes que fez e a única tentativa de drible.
  • Moussa Marega 5.9 – O maliano não esteve muito em jogo, com apenas 33 acções com bola em 90 minutos. Mas quando apareceu, foi decisivo. Logo aos dois minutos ganhou um lance graças ao poder físico, antes de assistir Herrera para o 1-0. E a seguir ampliou para 2-0. No final, destaque também para os dois passes para finalização que realizou.

Resumo

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