Nikki Haley, a embaixadora escolhida por Donald Trump para representar os Estados Unidos nas Nações Unidas, pediu esta terça-feira a demissão do cargo para o qual foi nomeada em 2016.
O pedido de demissão foi confirmado pelo Presidente norte-americano, que indicou que a embaixadora sairá no final do ano. “[Halley] fez um trabalho fantástico“, considerou Donald Trump após ter reunido com Halley nesta manhã na Casa Branca.
Momentos antes desta confirmação oficial, vários média norte-americanos já davam conta que Nikki Haley planeava apresentar a sua demissão ao Presidente Trump.
Segundo a Associated Press, Trump caracterizou Haley como uma “pessoa muito espeecial”, afirmando que juntos “resolveram muitos problemas”. Além disso, nota a agência de notícias, o Presidente revelou que a embaixadora já tinha demonstrado vontade de abandonar o cargo na ONU há cerca de seis meses e que vai anunciar a sua sucessão dentro de “duas ou três semanas”.
Por sua vez, Nikki Haley, considerou ter sido “uma bênção ir para as Nações Unidas com um colete à prova de balas”, referindo-se à postura dura com que diz ter defendido os Estados Unidos na organização mundial – principalmente face ao Irão e à Coreia do Norte.
A embaixadora demissionária, nomeada para o cargo em novembro de 2016, não revelou as motivações que a levaram deixar o cargo. Contudo, frisou, e tendo em conta que é um nome em ascensão no Partido Republicano, que não o fez com aspirações políticas, garantindo que não se vai candidatar nas presidenciais de 20202.
“Dei tudo de mim nestes últimos oito anos”, disse, acrescentando que acredita que “é bom haver a oportunidade de trocar com outras pessoas que possam colocar a mesma energia e poder no cargo”, rematou citada pela AP.
Antes de ser nomeada por Trump, Haley, de 46 anos, foi governadora da Carolina do Sul, tendo sido a primeira mulher a ocupar tal cargo.
Ivanka “dinamite” para o cargo
Para o Presidente norte-americano, “não há ninguém mais competente no mundo” para substituir Nikki Haley como embaixadora das Nações Unidas do que a filha, Ivanka Trump.
Em declarações à cadeia televisiva NBC após o anúncio da saída de Haley, Donald Trump disse que Ivanka Trump seria “dinamite” ao desempenhar o cargo, mas admite que se tomasse a decisão de a nomear seria acusado de “nepotismo”.
Pouco depois, e reagindo às declarações do seu pai, Ivanka escreveu no seu Twitter que “é uma honra trabalhar na Casa Branca”, afirmando ter a certeza de que Donald Trump nomeará alguém “formidável” para o cargo de embaixador da ONU, mas deicou bem claro: “A substituta não serei eu”.
ZAP // Lusa