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Meme do “namorado distraído” lança debate na Internet

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(dr) Antonio Guillem

O famoso meme do “namorado distraído” foi descrito como “sexista” pelo regulador de publicidade sueco, mas há quem o defenda na Internet.

O parecer do regulador de publicidade na Suécia, discutido na semana passada, depois de o meme ter sido utilizado como parte de uma campanha de recrutamento para uma empresa de Internet do país, lançou o debate a nível internacional: afinal, o meme é ou não “sexista” e “degradante”?

O trio fotografado em 2015 pelo espanhol Antonio Gillem é usado, desde então, para comentar diversos temas desde política e séries de televisão, a resultados de futebol. Na imagem, o homem representa o papel de uma pessoa que percebe que aquilo que tem (a sua mulher) não é tão bom como aquilo que está a ver (outra mulher).

Apesar de a imagem ter ganho este ano o título de “melhor meme do ano, a Reklamombudsmannen não concorda. “A imagem promove estereótipos tanto de homens como de mulheres”, disse a entidade. “Mostra o estereótipo de homens a olhar para mulheres como se fossem substituíveis, incluindo no local de trabalho.”

A organização apela ao fim da campanha com a fotografia. Em abril, a empresa Bahnhof decidiu usar a imagem (e a sua fama) para uma campanha de recrutamento online. O homem surgia legendado como “tu”, de modo a representar as pessoas que viam o anúncio. A mulher de vermelho representava uma carreira na empresa.


Na Internet, as opiniões dividiram-se. Há quem concorde com o regulador sueco, como também existem pessoas que encontram humor na campanha. Ainda assim, segundo o Público, muitos comentários vinham de homens e mulheres preocupados. “Parece que não querem atrair mulheres para a empresa“, escreveu um utilizador.

A empresa já se defendeu, afirmando que o único objetivo da campanha era mostrar “a empresa como um empregador apelativo“. No entanto, a Reklamombudsmannen não aceita essa desculpa, frisando que os anúncios não devem mostrar pessoas como “meros objetos sexuais”.

Na Internet, a verdade é que o meme ganhou uma nova vida. Segundo o diário, agora o namorado desempenha o papel dos “utilizadores da Internet”, a companheira, o Reklamombudsmannen, e a mulher de vermelho, a fotografia original.

Apesar da polémica instalada, Jon Karlung escreveu no twitter que a empresa irá continuar a usar a imagem. No comunicado oficial, a empresa nota que “se temos de ser criticados, é apenas por usar um meme antigo”, disse o presidente executivo da Karlung.

ZAP //

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4 Comments

  1. …bolas !! bolas !!! lá vem a m***a dos “A imagem promove estereótipos” que se lixe esta palheta… afinal esta coisa da Liberdade é uma “coisa difícil”… e se fosse ao contrario !!! Ela a olhar para outra, já não promovia nada ??? vão todos dar banho ao cão… lol…lol…

    • Na ‘mouche’ caro Henrique.
      Ando farto destes ‘tenrinhos’ sensíveis que andam sempre à procura daquilo que os vitimiza ou que vitimiza algum grupo específico, que eles, por efeito empático, resolvem adoptar como seu também.
      deviam chamar-se: #jesuisvictimeparcequejeleveut (otáriosonline.com)
      Ainda por cima nem percebem que, tal como o Henrique diz, e muito bem, “…isto da liberdade é difícil…”, mas estes meninos e meninas querem é contribuir para que se possam impor limitações à liberdade para efeitos vários.
      Antes querem ter menos liberdade do que permitir que nós lhes digamos coisas que os fazem sofrer e os humilham, tipo: “Amigos vegetarianos, matei esta vaca porque a apanhei a comer a vossa comida. Os amigos são para isto mesmo”
      Palhacinhos,…enervem-se e escondam-se

    • Ja chateia esta história realmente. E há muito. Cada vez é mais ridiculo. Ainda por cima os suecos. Preocupem-se mas é com o problema que têm entre mãos que já é o bastante.

  2. Bem… abstive-me até ao momento de comentar este meme, mas aqui vai.

    Este meme tem múltiplas interpretações possíveis. Desde logo podemos ver que a “outra” tem a cara desfocada, simbolizando o incerto, o desconhecido… No entanto, um olhar mais atento deixa a perceber que quem equaciona a troca sabe o que pretende trocar. Ele olha para o traseiro e não para a cara. Assim, sabe ao que vai; o futuro parece-lhe certo… e melhor.
    A “garantida” é prepotente e tem-se em grande conta. Sabendo que tem “cagueiro” para a concorrência não compreende a alegria do seu futuro ex, olhando-o com estupefação, desprezo e repreensão.

    Tudo isto me faz lembrar o brexit, sendo o rapaz o Reino Unido, a “garantida” a UE e a de vermelho o Trump.

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