O FC Porto sofreu a bom sofrer para somar três importantes pontos, que o colocam à frente do Benfica, com mais um ponto, quando na próxima jornada se disputa o grande “clássico” entre os dois “grandes”, no Estádio da Luz.
Os “dragões” bateram o Tondela por 1-0, com o golo decisivo a ser apontado por “Tiquinho” Soares aos 85 minutos. Um resultado que penaliza a boa organização defensiva dos beirões, mas que premeia o domínio avassalador e o grande volume atacante dos “azuis-e-brancos”.
O Jogo explicado em Números
- Arranque muito forte do FC Porto na partida, assente num 4-4-2 com Sérgio Oliveira de início, no lugar de Danilo Pereira. No primeiro quarto-de-hora, a formação portista registava 57% de posse de bola e já seis remates, dois deles enquadrados, contra apenas uma tentativa do Tondela.
- Por volta dos 25 minutos já um nome se destacava dos restantes: Cláudio Ramos. O guardião do Tondela começou a travar tudo o que o Porto conseguia enquadrar, que nesta fase eram já cinco de 12 remates (11 de dentro da grande área). Realce também para a grande segurança do “dragão” no passe, registando 90% de eficácia.
- Aos poucos os “azuis-e-brancos” começaram a perder algum fulgor. Ainda assim, por volta dos 40 minutos tinham já rematado 14 vezes, cinco enquadradas, estas todas travadas por Cláudio Ramos. E aos 43, Aboubakar falhou por pouco a emenda, com a baliza completamente deserta.
- O Tondela, por seu turno, conseguia aproximar-se com velocidade da grande área de Casillas, somando quatro remates nesta fase, mas três deles de fora da área e outros tantos bloqueados, o que dá boa indicação da capacidade portista em recuperar as posições defensivas.
- Ao cair do pano do primeiro tempo, Sérgio Oliveira cabeceou como mandam as regras, mas a bola foi devolvida pelo poste esquerdo da baliza do Tondela.
- O nulo era o resultado ao descanso, mas não por falta de tentativas por parte do FC Porto. Os “azuis-e-brancos” dominaram, remataram muito, mas tiveram pela frente uma defesa do Tondela coesa e um Cláudio Ramos atento.
- Os números ao intervalo quase parecem os de um final de partida, dado o volume de jogo dos portistas, reflectidos nos 21 remates, 15 de dentro da área – embora somente seis com a melhor direcção.
- O melhor nesta fase era precisamente o guarda-redes do Tondela. Cláudio Ramos somou cinco defesas, quatro a remates de dentro da sua grande área e algumas com elevado grau de dificuldade, e um GoalPoint Rating de 7.4.
- O domínio portista prosseguiu após o reatamento, chegando aos 73% de posse de bola no primeiro quarto-de-hora após o descanso. Ainda assim com menos fulgor ofensivo, com dois remates apenas nesta fase, um enquadrado. Entretanto, Marega bateu o recorde de disparos dentro da área nesta Liga NOS, com sete.
- Excelente jogo de Alex Telles, em especial em termos ofensivos. O lateral brasileiro registava, aos 70 minutos, seis passes para finalização e sete cruzamentos, três deles eficazes. Na retaguarda registava quatro intercepções, ainda assim muito bom tento em conta o reduzido volume ofensivo dos beirões.
- O Dragão começava a impacientar-se e o jogo a perder um pouco de cabeça e a ganhar muito coração. Aos 80 minutos o Porto registava sete remates no segundo tempo, só um na direcção na baliza, para além de contar com 70% de posse e dez pontapés de canto. Sérgio Conceição já havia lançado Corona e Hernâni, “a carne toda no assador”, como se costuma dizer.
- Mas a insistência acabaria por dar frutos, muito por culpa de uma “nódoa” que caiu no melhor “pano”. Yacine Brahimi, aos 85 minutos, rematou de fora da área, a bola parecia simples de segurar para Cláudio Ramos, mas o guardião não a segurou e, na recarga, Soares atirou para o fundo da baliza – ao 31º disparo do FC Porto, décimo na segunda parte, nono enquadrado no total.
O Homem do Jogo
Cláudio Ramos liderou os nossos ratings durante quase toda a partida, mas a sua acção no golo portista acabou por o penalizar. No final, Alex Telles leva para “casa” o galardão de MVP, com um GoalPoint Rating de 7.5.
O lateral portista voltou a fazer o que melhor sabe, ou seja, servir os seus companheiros de ataque a partir do flanco esquerdo. Ao todo somou sete passes para finalização, oito cruzamentos (três eficazes), rematou três vezes e fez quatro intercepções. Uma grande prestação.
Jogadores em foco
- Cláudio Ramos 7.5 – O guarda-redes do Tondela falha o título de melhor em campo por apenas uma centésima, muito por culpa de um erro. Cláudio Ramos esteve imbatível durante 85 minutos, somando incríveis oito defesas, mas no golo portista deixou fugir a bola para os pés de Soares.
- Felipe 7.3 – Pode ser algo estranho o facto de os dois portistas com melhor rating serem defesas. Tal explica-se em parte pela menor eficácia ofensiva dos homens da casa. Assim, Felipe foi o terceiro melhor no Dragão, graças a uma grande competência na retaguarda, onde ganhou os quatro duelos aéreos defensivos e somou cinco intercepções. E ainda foi lá à frente ganhar quatro de cinco duelos aéreos ofensivos.
- Otávio 7.3 – O brasileiro foi o grande criativo do jogo, com números de qualidade no capítulo ofensivo. Otávio fez três passes para finalização, teve sucesso em três de quatro cruzamentos, completou quatro de seis tentativas de drible e ainda recuperou nove vezes a posse de bola.
- H. Herrera 7.2 – Mais uma excelente nota de um jogador do Porto. Sem Danilo, o mexicano voltou a ter mais preocupações defensivas, somando 11 recuperações de posse (máximo do jogo) e sete acções defensivas. Na frente registou 92% de eficácia de passe e criou uma ocasião flagrante de golo.
- Ícaro Silva 6.9 – Um dos obstáculos portistas foi o central Ícaro. O brasileiro ganhou os quatro duelos aéreos defensivos em que participou e realizou impressionantes 17 alívios, num total de 24 acções defensivas.
Resumo
// Goal