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Ajoelhado nas próprias mãos. Bloco denuncia praxe “humilhante” em Évora

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Um estudante, recentemente matriculado na Universidade de Évora, foi obrigado a ajoelhar-se sobre as próprias mãos e a colocar a cabeça no chão sobre um monte de farinha. Bloco de Esquerda já questionou o Governo e a Universidade.

Um vídeo de um estudante, recém-entrado na Universidade de Évora, está a gerar indignação nas redes sociais. O jovem surge ajoelhado sobre as próprias mãos e a colocar a cabeça no chão sobre um monte de farinha, num contexto de praxe.

O Bloco de Esquerda quer que o Governo se pronuncie sobre a praxe que classifica como “humilhante“. O caso foi denunciado pelo Bloco, mas está a inundar as redes sociais desde terça-feira. No vídeo, vê-se o rapaz com a cabeça no chão sobre um monte de farinha e com o corpo fletido, pernas cruzadas e os joelhos em cima das costas das mãos.

Em pergunta ao Governo, através do Ministério da Ciência e do Ensino Superior (MCTES), o Bloco refere que o cenário de praxe abusiva aconteceu no Rossio de São Brás, em Évora, e que, nas filmagens, é possível ouvir o estudante praxado a suplicar o fim do “exercício praxístico”. Ao que um dos responsáveis da praxe respondeu-lhe: “não me interessa, ‘desenmerde-se’”.

O vídeo, com pouco mais de um minuto, contou com mais de 50 mil visualizações no Facebook entre terça-feira e até ao final desta quinta-feira.

Apesar das inúmeras e sucessivas campanhas de combate à praxe abusiva, o Bloco de Esquerda lamenta a situação, considerando “absolutamente inaceitável” que atos como este, “de profunda violência e humilhação”, continuem a ser “impunemente tolerados e praticados”.

Na pergunta enviada ao Governo, o Bloco exige que a tutela se pronuncie sobre o caso e pede que seja feito um balanço do programa governamental Exarp, lançado há dois anos. Além da pergunta, acrescenta o Público, o BE enviou também um requerimento à Universidade de Évora.

Ao jornal, fonte da universidade indicou que o vídeo chegou ao conhecimento da reitoria esta quinta-feira e que o caso irá ser investigado internamente. A Universidade de Évora tem, desde 2014, um programa de combate à praxe abusiva com programas de acolhimento alternativos.

ZAP //

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5 Comments

  1. Era colocar os autores dessa e de muitas outras praxes na mesma posição mas com os cornos enterrados num monte de bosta de cavalo, durante uma manhã. O governo quer lá saber disso! O que lhe interessa é continuar a sacar dinheiro aos mais pobres para poder continuar a encher a pança aos mais ricos.

  2. e nao so, enquantro ele estivesse de rabo para o ar, era dar-lhe com uma “menina de 5 olhos” (palmatoria)
    podia ser que assim aprendessem
    façam como fizeram varias universidade, pegaram nos caloiros e foram com eles limpar as praias e matas. outras foram para as aldeias ajudar os mais necessitados (idosos)
    como dizem os das prazes, isto ajuda o aluno na intregação à universidade, nao sei como esta situação o ajuda a integrar-se no meio universitario

  3. praxes para que? nao vao para a universidade para estudar? andam um ano lectivo inteiro nas praxes, que futuros profissionais vao ser estes, uns a fazerem-se de doutores que deviam dar o exemplo, outros que entram nao sabem dizer nao, esta palavra existe no vocabulario e é para ser usada, e nao venham dizer que se nao aderirem sao marginalizados, aderem porque acham que é muito divertido, mais tarde alguns arrependem-se outros nao, que futuro vamos ter?

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