O CDS quer colocar a natalidade como prioridade na ação política e, para isso, apresenta algumas propostas esta terça-feira.
Esta terça-feira, o CDS-PP vai apresentar algumas medidas para promover a natalidade no país. O partido liderado por Assunção Cristas considera ser preciso colocar este tema como prioridade da ação política.
Filipe Anacoreta Correia, deputado centrista, diz ser preciso “abanar os orçamentos a favor das famílias”, e adianta que o CDS procurou identificar os principais problemas apontados pelas famílias de modo a conseguir dar respostas concretas.
Desta forma, entre as queixas mais frequentes, está a falta de creches e o preço elevado das existentes. Para combater este problema, o partido propõe um aumento da oferta, “isentando de IVA todas as creches e atividades de tempos livres quer possam ser extra-curriculares e não, como atualmente acontece, em que apenas o setor social está isento de IVA”.
As famílias queixam-se também da duração excessiva das férias de verão. Neste ponto, o CDS diz ser preciso um debate alargado no que concerne ao calendário escolar.
Segundo a Renascença, o CDS já fez algumas contas e há matérias que quer ver mudadas. Assim, para o debate do Orçamento do Estado, ficam desde já propostas de mudanças no IRS das famílias, através do chamado quociente familiar, mas também em impostos como o IMI ou nas contas para a isenção das taxas moderadoras.
Além disso, os centristas querem também mudanças nas faturas do gás e da luz, com descontos progressivos consoante o agregado familiar. “Quem tem consumos superiores, tem tarifas mais caras”. No entanto, aponta Anacoreta Correia, “essas tarifas não têm em conta o número do agregado familiar”.
“Uma família que precisa de consumir mais porque tem mais filhos, tem mais pessoas a viver, acaba por pagar muito mais por esses bens e isso é injusto e penalizador”, sublinha o deputado.
Só grandes propostas, descidas no IRS, na luz, na electricidade, e outras que concerteza virão conforme se vai aproximando a “época” eleitoral. Pena é que o CDS não se ter lembrado disto tudo quando, á não muito tempo, foi governo, com o seu dirigente máximo no posto de vice primeiro ministro (cargo importante e “excutivo”). Aí foi tudo precisamente ao contrário; subida do IRS, subida das taxas para 23% de IVA para luz e água, descidas nos valores das reformas, retirada de feriados e dias de férias (para quem diz que se preocupa com “as familias” não deixa de ser estranho) etc. Bem, temos que admitir que latas não lhes falta.