FC Porto arrancou três importantes pontos na deslocação ao Estádio do Bonfim. Os campeões nacionais venceram o V. Setúbal por 2-0, golos de Vincent Aboubakar e Sérgio Oliveira em cada parte.
Numa partida em que dominaram os acontecimentos, em especial no primeiro tempo, os dragões acabaram por ser mais eficazes na concretização, visto que os sadinos igualaram os “dragões” no número de remates.
O Jogo explicado em Números
- Início de jogo algo confuso e atabalhoado, sem nenhuma das equipas a superiorizar-se verdadeiramente sobre a outra. Apenas um remate nos primeiros dez minutos, e para o FC Porto, mas sem enquadramento com a baliza.
- Porém, os “dragões” começaram a assumir mais o jogo, a aproximarem-se com perigo da área sadina e marcaram aos 17 minutos. Num lance confuso na grande área, Vincent Aboubakar acorreu a uma bola perdida e rematou por entre um mar de pernas para o 1-0. Um tento que surgiu ao quatro remate portista, segundo enquadrado.
- Por volta da meia-hora, já o Porto tinha o domínio do jogo, sem qualquer contestação, atingindo nesta fase impressionantes 72% de posse de bola, para além de seis remates (dois enquadrados). O Vitória havia disparado duas vezes, nenhuma na direcção da baliza de Iker Casillas.
- A primeira vez que o guardião espanhol foi chamado a intervir foi aos 31 minutos, ao realizar uma bela defesa após remate acrobático de Valdu Té. Mas foi ténue a reacção sadina, uma vez que o Porto continuou dono e senhor da bola.
- Primeira metade totalmente dominada pelo Porto, com 72% de posse de bola, mas sem mostrar ideias para ultrapassar a recuada equipa sadina. Por isso mesmo, os portistas chegaram ao descanso com apenas seis remates, dois deles enquadrados, suficientes, ainda assim, para estarem em vantagem por 1-0.
- Os “dragões” acertaram 84% dos seus passes e beneficiaram da fraca qualidade sadina nesse capítulo – o Vitória não passou dos 57% de eficácia de passe nesta fase, o que explica a baixa capacidade de manter a posse.
- O melhor em campo ao intervalo era Aboubakar, com um GoalPoint Rating de 6.0, apenas três centésimas mais do que Héctor Herrera.
- Reinício movimentado de partida, com um golo anulado ao Vitória por braço de Valdu Té, após recurso ao vídeo-árbitro. Os homens da casa melhoraram na capacidade de roubar a bola ao Porto, registando 39% de posse nos primeiros 15 minutos do segundo tempo. Esse facto permitiu à equipa desenvolver algumas transições muito rápidas e perigosas.
- Aos 67 minutos, Hildeberto Pereira arrancou um forte pontapé de fora da área para grande defesa de Casillas. Os portistas continuavam a controlar os acontecimentos, mas os sadinos chegaram aos 70 minutos com 40% de posse de bola e apenas menos um remate que os campeões nacionais no segundo tempo (2-3).
- Muito trabalho para Maxi Pereira, pois os sadinos haviam realizado por esta altura, na segunda parte, 51% dos seus ataques pelo flanco esquerdo. Ainda assim, o uruguaio não desiludia, com um rating de 5.9 e oito acções defensivas.
- Numa fase morna do jogo, aos 78 minutos, o Porto acabou por ampliar a vantagem. Num livre directo bem longe da grande área, Sérgio Oliveira arrancou um forte pontapé e a bola passou por baixo do corpo do guarda-redes Joel Pereira. O jovem emprestado pelo Manchester United pareceu mal batido. Um tento ao décimo remate portista, quarto enquadrado (4-2 no segundo tempo).
- O encontro estava decidido e o Porto esteve mais perto do 3-0 (Corona falhou por pouco aos 87 minutos) do que os vitorianos de reduzirem a desvantagem. Um triunfo que se ajusta ao que se passou em campo, face ao domínio e controlo do jogo por parte dos comandados de Sérgio Conceição e à maior eficácia de concretização.
O Homem do Jogo
Mais um grande jogo de Éder Militão, definitivamente uma das grandes contratações desta época da Liga NOS. O defesa-central portista foi o melhor em campo no Bonfim, um dos principais responsáveis pela ineficácia sadina na noite deste sábado. O brasileiro registou um GoalPoint Rating de 6.4, em especial pelo que fez na defesa, onde ganhou cinco de seis duelos aéreos defensivos e registou 12 acções defensivas, entre elas seis alívios. Um jogo muito sólido de Militão.
Jogadores em foco
- Felipe 6.3 – O colega de Militão no eixo da defesa foi o segundo melhor. Perante as tentativas do Vitória em marcar, os dois defesas estiveram sempre à altura e Felipe esteve muito pragmático, ao realizar oito alívios, em 12 acções defensivas. E ainda ganhou dois de três duelos aéreos defensivos.
- Sérgio Oliveira 6.3 – Entrado na segunda parte, o médio fez 32 minutos, mas o suficiente para deixar uma marca forte. Oliveira fez um golo, num forte pontapé de livre directo, completou os 13 passes que tentou e enquadrou os dois remates.
- Vincent Aboubakar 6.3 – Autor do 1-0, o camaronês rematou três vezes e enquadrou apenas um disparo – o suficiente para marcar. Acabou por sair no segundo tempo sem mais nenhum registo de monta.
- Maxi Pereira 6.1 – O lateral-direito do Porto teve muito trabalho, mas esteve sempre à altura das exigências. Ao todo registou 13 acções defensivas, entre elas quatro desarmes e três intercepções.
- Vasco Fernandes 5.8 – O melhor jogador dos sadinos foi o defesa-central a actuar mais do lado esquerdo, no sistema de três centrais. Fernandes destacou-se no número de recuperações de posse, nada menos que oito, e ainda somou nove acções defensivas, entre elas quatro alívios.
Resumo
// GoalPoint