Vinte e seis pessoas foram detidas por suspeita de roubo de túmulos da dinastia chinesa Tang, num caso em que foram recuperadas mais de 640 peças arqueológicas, informou a agência noticiosa oficial Xinhua.
A polícia chinesa suspeita que os detidos escavaram ilegalmente na área arqueológica de Dulan, na província de Qinghai, no oeste do país, e estiveram também envolvidos na venda dos objetos, segundo um comunicado do Ministério de Segurança Pública.
Entre as peças, há algumas de “valor incalculável”, pois fazem parte do intercâmbio cultural e comercial entre o Ocidente e o Oriente, e têm mais de mil anos.
De acordo com a Reuters, das 646 peças roubadas, 16 foram classificadas como relíquias culturais.
Dulan, uma das paragens da Rota da Seda, tem mais de dois mil túmulos, onde se encontraram, nas últimas décadas, peças de ouro, prata, seda, bronze e outros objetos preciosos, que durante séculos passaram por aquela zona.
A dinastia Tang, descrita habitualmente como um dos períodos de maior esplendor da multimilenar civilização chinesa, governou entre os séculos VII e IX.
Após as detenções, as autoridades chinesas vão aplicar medidas mais duras aos aos crimes que envolvam roubo de património para melhor proteger a herança cultural do país, nota a BBC, citando o governo local.
ZAP // Lusa