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SNS precisa de mais do dobro dos reumatologistas

Mário Cruz / Lusa

Dos 177 reumatologistas espalhados pelo país, apenas pouco mais de uma centena está a exercer no Serviço Nacional de Saúde. Representantes do setor garantem que são necessários pelo menos 250 especialistas.

A notícia é avançada pelo jornal Público que, de acordo com dados recolhidos pelo colégio de reumatologia da Ordem dos Médicos, alerta que o SNS está a operar com muito menos profissionais do que é necessário para responder às necessidades existentes.

“Dos 177 reumatologistas no país, temos entre 90 e 100 especialistas no SNS”, sublinha Augusto Faustino, presidente presidente do colégio de reumatologia da Ordem dos Médicos em declarações ao diário.

Augusto Faustino recorda que estes números são particularmente preocupantes uma vez que os problemas reumáticos “são as doenças crónicas mais prevalentes dos adultos e têm uma série de impactos na qualidade de vida, de capacidade funcional, de custos económicos e sociais para o indivíduo e sociedade muito relevantes”.

O representante critica ainda a falta de “orientação” estratégica que se vive no SNS, tomando a região da Grande Lisboa como exemplo, onde “há necessidades gritantes, por exemplo, no Amadora-Sintra, hospital de Cascais e São José, mas não abrem vagas”.

Contudo, a situação mais grave é no Alentejo, onde não há um único especialista.

No entanto, o objetivo passa por inverter esta situação. Já no próximo mês, o serviço nacional público vai ganhar mais sete especialistas desta área, quando os médicos que participaram no concurso colocados ao serviço. Além disso, no próximo ano vão haver mais 20 vagas para recém-especializados.

“O nosso objetivo é manter este rácio anual de 20 internos. Se tudo correr bem, daqui a sete ou oito anos termos o número de médicos que calculamos necessário para fazer um atendimento nacional”, admitiu Augusto Faustino.

ZAP //

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