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Gabinete do PSD na Assembleia de Lisboa atingido a tiros de pressão de ar

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Tiago Petinga / Lusa

Uma das janelas do gabinete do grupo parlamentar do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa foi alvo de disparos, presumivelmente tiros de pressão de ar. A janela de um outro andar também foi visada num caso que está a ser investigado pela PSP.

A PSP está a investigar as causas para o aparecimento de duas janelas com os vidros estilhaçados nas instalações onde se reúne a Assembleia Municipal de Lisboa.

O caso foi detectado na segunda-feira de manhã, tendo os agentes da polícia ido ao local cerca das 15 horas. Mais tarde, esteve nas instalações também uma equipa de investigação criminal.

Uma das janelas fica localizada no gabinete do grupo municipal do PSD de Lisboa e a outra numa sala de reuniões utilizada pelas Comissões Permanentes da Assembleia Municipal, ambas nos pisos superiores do edifício.

“No exterior foram encontradas duas esferas metálicas que, ao que tudo indica, terá sido aquilo que foi projectado contra as janelas”, revela o comissário Tiago Garcia, da PSP, em declarações à Renascença.

Mas, para já, ainda não é possível “confirmar que tenham sido projectados por arma de fogo”, sustenta o comissário.

A revista Sábado assegura que as janelas foram alvejadas com tiros de pressão de ar, durante o fim-de-semana, quando não estava ninguém no edifício.

“Foram tiros de pressão de ar, não são chumbos grandes”, refere uma fonte do grupo parlamentar do PSD à Sábado.

“A sala dos deputados do PSD foi atingida, mas a outra janela, apesar de ser na mesma direcção é bastante mais acima. Não sabemos se não acertaram ou se não estavam a fazer pontaria para aí. Tanto quanto sabemos até pode ter sido um maluco a festejar a vitória da França no Campeonato do Mundo”, conta a mesma fonte à revista.

O comissário Tiago Garcia sublinha na Renascença que “não terá sido um acto direccionado aos deputados do PSD”.

Já o líder do grupo municipal do PSD, Luís Newton, acredita que “houve intenção de disparar contra este edifício”, em declarações à Lusa.

“Não se compreende hoje em dia, seja por que motivo for, – brincadeira de mau gosto ou intenção de criar algum tipo de atmosfera à volta da acção deste grupo municipal em particular – utilizar este tipo de expedientes”, aponta Luís Newton.

O líder do grupo municipal do PSD é um dos elementos investigados na chamada Operação Tutti Frutti que se debruça sobre um alegado esquema de financiamento ilegal do partido.

O presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Rui Paulo Figueiredo, considera, em declarações à Lusa, que os disparos foram apenas “um incidente”, pelo que realça que não será “necessário” fazer um reforço de segurança na zona que é alvo de “policiamento permanente (por parte da Polícia Municipal)”.

Uma fonte do grupo parlamentar do PSD refere, em declarações ao Observador, que “a polícia está a tomar conta da investigação” e que os membros do partido na Assembleia Municipal de Lisboa “estão a tentar seguir o trabalho com normalidade”. Estarão, contudo, a trabalhar fora da sala que terá sido alvo do disparo.

ZAP // Lusa

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