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Fidelidade vende imóveis por 425 milhões a empresas com capital social de 100 euros

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É um negócio que está envolto em polémica. A companhia de seguros Fidelidade vendeu várias casas por 425 milhões de euros a quatro sociedades por quotas com um capital social de 100 euros cada.

Estão em causa 2.085 imóveis, como conta o Público, frisando que os inquilinos destas habitações temem vir a ser despejados, depois do negócio concretizado pela Fidelidade. Por outro lado, lamentam que não tiveram o direito de preferência de compra sobre as fracções onde habitam.

O Público nota que o comprador dos imóveis é o Fundo Apollo, por via de quatro sociedades que foram criadas na Madeira e recentemente, transferidas para Lisboa. Estas quatro empresas terão gerentes comuns com moradas fiscais no Luxemburgo.

A mesma fonte destaca que a Fidelidade comunicou aos inquilinos dos imóveis, através de carta, que poderiam exercer o direito de preferência sobre a totalidade dos imóveis pelo referido valor de 425 milhões de euros. Mas aos arrendatários que não foram classificados como propriedade horizontal não terá sido apresentada essa possibilidade.

Os inquilinos temem, agora, que os contratos de arrendamento não sejam prolongados. O Público refere que muitos dos inquilinos com contratos com prazos curtos já receberam cartas a comunicar a não renovação dos mesmos.

Também receiam a possível revenda dos imóveis a outras sociedades, o que poderá colocar em causa a sua continuidade nas habitações.

ZAP //

7 Comments

  1. Mais uma consequência da conhecida “Lei Cristas”, aprovada pelo cds ( a actual líder foi a “mãe” da dita) e pelo psd , com as grandes empresas a despejarem pessoas através de esquemas sórdidos e pouco claros, pois sabem perfeitamente que a maioria dos inquilinos prejudicados não têm meios financeiros para entrar numa luta, prolongada e dispendiosa, contra esses gigantes financeiros.

  2. …Pais de Safardanas… Quem sabe mesmo senão um País de bandidos!!! E uma vergonha… Alguém tem tomar conta disto Politicamente, sob pena de mais 2 ou 3 anos termos ca a Troika novamente… E um fartar de vilanagem… Lol…lol…

    • Esta, confesso, não percebi.

      Certamente que um negócio de 425 milhões com 4 (mas que fossem ‘n’) empresas cujo capital social é 100 euros, só pode cheirar a esturro…

  3. “Estas quatro empresas terão gerentes comuns com moradas fiscais no Luxemburgo.”
    Pois… quando há burlas dentro da UE, o Luxemburgo aparece sempre!…
    E, por acaso, o presidente da Comissão Europeia foi 20 anos presidente do Luxemburgo…
    E agora querem investigar a Zona Franca da Madeira… parece que no Luxemburgo não há nada para investigar!…

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