/

Nova Zelândia vai abater 150 mil vacas para erradicar uma bactéria

Dirk Ingo Franke / Wikimedia

A Nova Zelândia vai abater 150 mil vacas devido uma bactéria infecciosa que entrou no país e que está a ameaçar uma das maiores indústrias.

Esta segunda-feira, os políticos e líderes da agropecuária anunciaram que a Nova Zelândia vai abater cerca de 150 mil vacas para erradicar uma bactéria infecciosa que ameaça as explorações locais.

O plano deverá custar centenas de milhões de euros e, caso seja bem-sucedido, será a primeira vez que um país infetado consegue erradicar a bactéria Mycoplasma bovis, detetada pela primeira vez na Nova Zelândia, em julho passado.

A indústria agropecuária é fundamental para a economia da Nova Zelândia, cujo isolamento a tem protegido de doenças que habitualmente afetam explorações animais em outras regiões do mundo.

A bactéria em causa provoca o desenvolvimento de metástases nas vacas, pneumonia e artrite, entre outras doenças, mas não é vista como uma ameaça para a segurança alimentar. O plano prevê o abate de todas as vacas, mesmo as que se encontrem saudáveis, desde que tenha sido encontrada a bactéria na exploração animal em causa.

Na Nova Zelândia existem 10 milhões de vacas, o dobro da população humana. Cerca de dois terços correspondem a vacas leiteiras e o resto a bovinos destinados à alimentação de carne. A produção do leite é o maior ativo de exportação daquele país, sendo a China um dos principais compradores.

Até agora, a Mycoplasma bovis foi detetada em 38 explorações por toda a Nova Zelândia, indicaram fontes oficiais. No entanto, o número deverá aumentar para as 142, segundo projeções realizadas pelas autoridades.

Cerca de 24 mil vacas foram abatidas nos últimos meses. O custo do programa de erradicação da bactéria está estimado em 886 milhões de dólares neozelandeses, cerca de 528 milhões de euros.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse acreditar ser possível erradicar a bactéria. “Não sabemos, a longo prazo, qual o impacto coletivo que poderá ter na indústria, que é incrivelmente importante para a economia da Nova Zelândia”, admitiu.

// Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.