Desde o início do ano, mais de uma centena de enfermeiros abandonaram o Centro Hospital Lisboa Norte e só 49 foram contratados. A falta de profissionais está a obrigar o Hospital de Santa Maria a fechar serviços. Mas não é o único
A falta de recursos humanos no Hospital de Santa Maria já levou ao encerramento d um setor de cirurgia, à transferência de uma unidade pediátrica com menos camas e vários serviços a terem de ser assegurados por internos. As causas vão dar sempre ao mesmo problema: falta de profissionais de saúde.
Dados consultados pelo Diário de Notícias mostram que o número de enfermeiros está muito abaixo do necessário. Desde o início do ano, mas de cem enfermeiros abandonaram o Centro Hospital Lisboa Norte (CHLN) e nem metade desse número foi contratado para compensar as saídas.
A média europeia aponta para um rácio de cinco enfermeiros por médico. No entanto, o Hospital de Santa Maria conta apenas com 1,2 enfermeiros por cada médico, um número muito inferior à média.
“Não se consegue cumprir o rácio médico/enfermeiro porque o número destes últimos no CHLN é muito abaixo do necessário para dar resposta às necessidades em horas de cuidados de enfermagem na nossa instituição”, explicou uma fonte hospitalar ao jornal.
A unidade hospitalar teve de encerrar – ainda que temporariamente – um setor de cirurgia com 22 camas para assegurar que os cuidados de enfermagem da área cirúrgica podem ser prestados. Além disso, teve também de mudar a unidade de nefrologia pediátrica de piso.
Dos enfermeiro que abandonaram o hospital (103), 64 foram para centros de saúde e 39 rescindiram contrato para irem para o privado ou para outras unidades de saúde.
Além das consequências diretas no serviço dos utentes, a falta de profissionais de saúde prejudica os próprios profissionais, com aumento de horas de trabalho, nas falsas horas extraordinárias e no aumento das baixas médicas.
Governo não autoriza a contratação de enfermeiros
No entanto, o Hospital de Santa Maria não é o único. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) advertiu esta terça-feira que além do Hospital de Santa Maria, há vários hospitais que poderão vir a encerrar serviços porque o Governo não autoriza a contratação de enfermeiros.
Em declarações à Lusa, Guadalupe Simões, do SEP, disse que o que se está a acontecer no hospital de Santa Maria está a passar-se na maior parte dos hospitais portugueses, como por exemplo no Hospital da Cova da Beira, no Centro Hospitalar do Porto e na Unidade Local de Matosinhos.
“O Santa Maria já encerrou um serviço de cirurgia, mas prevê-se que noutros hospitais possam vir a ser encerrados serviços resultado daquilo que é a não autorização do Ministério da Saúde e Ministério das Finanças de contratar enfermeiros”, avançou.
“Estamos a falar de grandes hospitais nas grandes cidades. Nos hospitais no interior ainda é mais grave porque a oferta é menor. A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, o Centro Hospitalar Médio Tejo, o hospital da Cova da Beira, todos estes hospitais estão numa situação de pré-ruptura e o Ministério da Saúde está a assistir a isto quase de forma passiva”, disse.
No entanto, na opinião do responsável, a situação vai agravar-se com a passagem dos enfermeiros com contrato individual de trabalho a 1 de julho para as 35 horas.
Segundo a dirigente do SEP, a situação não se resolve sem a contratação de enfermeiros. “O que é estranho e deveras preocupante é que o Governo na negociação da passagem dos enfermeiros para as 35 horas impôs que esta medida entrasse em vigor a 1 de julho contrariamente à nossa exigência precisamente para durante estes primeiros seis meses do ano se fizesse um plano de contratação de enfermeiros”, afirmou.
Segundo Guadalupe Simões, essas reuniões nunca se concretizaram, tendo estado marcadas várias vezes, sempre desmarcadas pelo Governo.
Ordem afirma que Garcia de Orta está a “despedir”
Cerca de duas dezenas de enfermeiros estão a ser “despedidos” do Hospital Garcia de Horta, em Almada, segundo a Ordem dos Enfermeiros.
Numa nota divulgada esta terça-feira, a Ordem diz que a situação se verifica desde o início deste mês e que estão em causa profissionais que se encontravam com contrato a termo incerto ou de substituição.
A Ordem adianta ainda que foram depois admitidos profissionais de saúde com contrato a termo indeterminado e afirma que já pediu esclarecimentos ao conselho de administração do Hospital Garcia de Orta, indicando que não entende a razão pela qual se mantiveram enfermeiros que já estavam integrados no serviço.
Na nota, a bastonária Ana Rita Cavaco refere que pretende ainda saber se foi solicitada autorização para converter os contratos de substituição em contratos por tempo indeterminado.
ZAP // Lusa
isso é mau, assim não a tempo para ir ver os jogos em vez de estar no lugar de trabalho, nem andarem a dar a lingua com os colegas e fazer os auciliares o trabalho deles, puxa até estou muito triste com isto, não sei porque onde over serviços publicos tudo anda mal, porque será? avia de ser privado talvez não seriam tantos problemas como isso..
Tanta asneira junta, cada tiro, cada melro… quero dizer… na gramática.
A senhora bastonária da Ordem dos Enfermeiros quando lá estava o governo do Passos Coelho nunca piou em relação à falta de enfermeiros, pudera o PAPA CAVACO estava na presidência. Também nunca piou em relação às 40 horas. Só agora abriu os olhos. Não há MAIOR CEGO DO QUE AQUELE QUE NÃO QUER VER.
posso escrever mal, mas se sabe tanto como mostra, alem se fosse um pouco e tão inteligente como mostra, veria que não é assim tanta asneiras como isso, mas enfim
E digam lá que o governo não tem razão quando afirma que vamos no caminho certo! Em direcção ao cemitério certamente!.
amem