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EUA descobrem terceira “Casa dos Horrores”: 10 crianças entre fezes e lixo

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Stephen Spillman / EPA

A polícia norte-americana encontrou 10 menores a viver entre fezes e lixo numa casa no norte da Califórnia, depois de a mãe ter dado o filho mais velho, de 12 anos, como desaparecido.

Dez crianças com idades compreendidas entre os quatro meses e os 12 anos foram retiradas de uma casa na Califórnia, nos Estados Unidos, onde viviam sem condições, rodeados de lixo, comida estragada, fezes e urina, segundo a Renascença.

O caso foi descoberto depois de a mãe ter dado como desaparecido o filho mais velho, de 12 anos. As autoridades encontraram o rapaz a dormir num jardim de uma casa perto da sua.

Nenhuma das crianças frequentava a escola. À polícia, os filhos do casal contaram que sofreram maus-tratos e apresentavam sinais de cortes, queimaduras, hematomas, assim como de terem sido atingidos com armas de fogo ou de ar comprimido.

A mãe das crianças, Ina Rogers, de 30 anos, foi detida a 31 de março, sendo depois libertada sob fiança. O pai, Jonathan Allen, de 29 anos, está sob custódia. Ambos enfrentam agora acusações de negligência, tortura e abuso de crianças.

A mãe das crianças fez uma visita guiada pela casa onde foram descobertas as crianças. Os meios de comunicação social norte-americanos descreveram uma casa com “paredes arranhadas e fezes de animais na banheira“.

Ina Rogers diz que os filhos dormiam todos no mesmo quarto por serem muito próximos uns dos outros e justifica que a casa só estava naquelas condições quando a polícia chegou porque tinham revirado tudo para encontrar o filho mais velho.

A mãe alega ainda que a família está a ser julgada por ter muitos filhos e por ter escolhido ensiná-los em casa, em vez de os matricular na escola.

Esta é a terceira “Casa dos Horrores” descoberta nos Estados Unidos, desde o início do ano. O primeiro caso surgiu com a descoberta de 13 crianças que eram mantidas acorrentadas, esfomeadas, malnutridas e sujas dentro da casa pelos progenitores David Allen Turpin e Louise Anna.

O caso tinha chocado a América (e o mundo), quando pouco tempo depois, em fevereiro, uma nova “Casa dos Horrores” foi descoberta. Benito e Carol Gutierrez mantinham os quatro filhos adotivos trancados em quartos separados durante mais de 12 horas por dia. As crianças, com idades entre os seis e os 12, não tinham luz no quarto, ou acesso a alimentos ou água. Além disso, eram obrigadas a fazer as necessidades no chão ou num balde.

ZAP //

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