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Auditoria às contas de Mirandela deteta seis milhões de dívida escondida

PSD / Flickr

António Branco, ex-presidente da Câmara Municipal de Mirandela

As conclusões do relatório preliminar da auditoria às contas de Mirandela, reveladas pela presidente da autarquia, revelam seis milhões de dívida escondido.

De acordo com o Jornal de Notícias, que avança a informação, Júlia Rodrigues, autarca de Mirandela, revelou que a dívida do município é substancialmente superior à que está registada na Direção-Geral das Autarquias Locais – a DGAL.

“Existe um diferencial de cerca de 6 milhões de euros relativamente à dívida global que nos tinha sido apresentada pelo anterior executivo, mas que ainda nem tem em conta as entidades participadas pelo Município, que ainda pode fazer aumentar esse diferencial”, disse Júlia Rodrigues.

A dívida de Mirandela registada na DGAL é de 18 milhões, mas com o resultado desta auditoria pode vir a aumentar para os 24 milhões. “Como o limite de endividamento líquido anda na ordem dos 27 milhões de euros, ficamos com mais limitações para a gestão no futuro”, lamenta a autarca socialista.

A autarca revelou ainda que o mesmo relatório aponta também para “indícios de passivos ocultos não revelados na contabilidade, bem como património municipal não registado e receitas próprias da autarquia mal geridas“.

Júlia Rodrigues decidiu pela realização de um auditoria às contas de Mirandela depois de ter encontrado surpresas ao inteirar-se do dossier relativo à gestão do seu antecessor, o social-democrata António Branco.

O executivo liderado por Júlia Rodrigues contratou os serviços da empresa Delloite para analisar a gestão financeira do município no último mandato.

“A ideia é auditar os procedimentos e os processos na câmara para conhecer a gestão, tendo em vista a transparência para que os mirandelenses possam conhecer o ponto de situação em que o município se encontra”, justificou a autarca.

A autarca do PS admite ainda que podem haver agora inquéritos internos de forma a averiguar responsabilidades nas decisões tomadas que podem levar a processos disciplinares e não exclui a possibilidade de denunciar algumas situações ao Ministério Público.

“Depois de conhecido o relatório final, vamos fazer uma avaliação e se houver casos que juridicamente justifiquem avançar para ações em tribunal, assim o faremos”, afirmou.

ZAP //

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