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24 horas de greve pode provocar cortes de água em algumas zonas do país

Pedro França / Agência Senado

Os trabalhadores da Águas de Portugal estão em greve desde a meia-noite. Esta paralisação de 24 horas pode afetar o abastecimento de água.

Segundo um comunicado dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, citado pela Renascença, “existe a a possibilidade de água faltar nas torneiras em algumas regiões”.

Os trabalhadores da Águas de Portugal (AdP) paralisam esta terça-feira, por 24 horas, pelo aumento dos salários. Espera-se uma adesão forte à paralisação, dado que os trabalhadores no setor da captação, tratamento, distribuição e tratamento da água estão “fortemente mobilizados para realizar a maior paralisação nos últimos 20 anos com a greve de âmbito nacional”.

À Renascença, fonte oficial da AdP disse que “a obrigação de assegurar serviços mínimos é de quem propõe a realização da greve, tendo estes sido concertados entre as empresas do Grupo AdP e os sindicatos”.

O comunicado dá conta de que a marcação da greve só foi decidida após “dezenas de plenários, ações de distribuição de propaganda e contactos com a população”.

Em causa está a luta pelo aumento de salários, a uniformização dos direitos, a regularização dos vínculos precários, a atribuição de carreiras e categorias que correspondam às profissões efetivas e o estabelecimento de sete horas diárias e 35 horas semanais.

Neste momento, estão em curso negociações com os sindicatos relativos ao Acordo Coletivo de Trabalho, um processo negocial que “foi alvo de um protocolo assinado entre as partes” no final de fevereiro e que “prevê a conclusão do processo negocial num prazo de seis meses“.

Durante esta manhã, os trabalhadores e dirigentes sindicais vão concentrar-se junto da Águas do Tejo Atlântico – ETAR de Alcântara, em Lisboa, da Águas da Região de Aveiro e da Águas do Centro Litoral, ambas localizadas em Aveiro, e em frente da SIMARSUL, no Seixal.

“Tal como a generalidade dos portugueses, também os trabalhadores da AdP sofreram uma tremenda degradação do poder aquisitivo, em consequência do congelamento dos salários e das progressões na carreira”, recorda o STAL.

“Há trabalhadores em empresas do grupo que auferem 586 euros de salário desde 2009 e cerca de 700 trabalhadores tem um salário inferior a 750 euros”.

ZAP //

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