O governo chinês proibiu a venda da Bíblia em livrarias online em todo o país, de modo a cumprir com as novas normas que exigem um controlo na literatura que não esteja de acordo com os “valores centrais do socialismo”.
Numa tentativa de controlar as práticas religiosas dos seus cidadãos, as autoridades chinesas ordenaram a retirada da Bíblia das livrarias online.
De entre as religiões maioritárias no país asiático, o cristianismo é a única cujo livro não pode ser adquirido pelos canais comerciais habituais, já que era considerado um texto “para distribuição interna”. Embora a Bíblia seja impressa no país asiático, somente as igrejas controladas pelo Estado têm o poder de distribuí-la e vendê-la nos seus espaços.
Segundo o El Mundo, isto fez com que a aquisição através de plataformas de venda na Internet tivesse um aumento significativo durante os últimos anos, uma alternativa que agora parece ter chegado ao fim.
A medida entrou em vigor na passada quinta-feira e, na sexta-feira, as principais lojas online do país já não tinham o livro sagrado à venda. Lojas como a Amazon ou a Taobao preferiram não comentar esta medida.
A política estabelece que as comunidades religiosas chinesas devem seguir a direção do partido comunista, praticar os valores centrais do socialismo e desenvolver e expandir a tradição chinesa.
Esta nova regulamentação vai ao encontro com um esforço de longa data do governo chinês de limitar a influência do cristianismo no país. Este reforço das regras é acompanhado também por um esforço de Xi Jinping de promover as religiões tradicionais, como o taoismo e o budismo.
As autoridades têm reforçado o controlo e vigilância sobre algumas religiões, nomeadamente o islamismo e o cristianismo, que viveram nos últimos anos numa campanha de demolição de cruzes, o encerramento de igrejas e prisão de alguns de seus líderes espirituais.
“Há uma tendência geral no presidente Xi Jinping de controlar mais estritamente a religião, especialmente o cristianismo”, disse William Nee, investigador da Amnistia Internacional, à CNN. “É um absurdo que o governo alegue promover a liberdade religiosa enquanto proíbe a venda da Bíblia”, acrescentou.
Esta medida surpreendeu muita gente, num momento em que Pequim e Vaticano estão em negociações para pôr fim à divisão histórica entre a Igreja Católica controlada pelo Estado chinês e a Igreja Clandestina que tem crescido no país.
Embora as negociações estivessem a progredir, ainda não houve acordo sobre questões tão importantes como quem é que irá deter o poder de nomear um bispo, uma condição que nenhuma das partes está disposta a renunciar.
A China no seu melhor…
Nem gosto do Trump. Mas ele tem razão em querer tirar poder (e deixar de darmos dinheiro) à China.
Isto apenas revela a ignorância dos chineses em relação ao cristianismo, se soubessem um pouco mais veriam que o cristianismo tem mais a ver com o socialismo do que as religiões tradicionais chinesas.
Por isso mesmo! Não querem concorrência 😀