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Standard & Poor’s mantém rating de Portugal em escalão de investimento

B64 / Wikimedia

Sede da Standard & Poor’s em Manhattan, Nova Iorque

A agência de notação financeira manteve a nota da dívida soberana de Portugal em BBB-, a nota mínima do escalão de investimento, com perspetiva estável.

Em comunicado, a S&P prevê que a recuperação económica de Portugal “beneficie as finanças públicas e permita o declínio da dívida pública, expressa em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), até 2021″.

A agência justificou a sua perspetiva com a ponderação da continuação do “crescimento económico sólido e da consolidação orçamental nos próximos dois anos” com as “vulnerabilidades da elevada, se bem que em queda, dívida externa privada e pública”.

A economia, na opinião da S&P, deve manter um ritmo de crescimento forte, se bem que em perda de velocidade, depois de em 2017 se ter expandido 2,7%, “o mais forte ritmo de crescimento em cerca de duas décadas”.

A S&P prevê agora que o Produto Interno Bruto (PIB) aumente 2,3% em 2018 e 1,8% em 2021, crescimento este que tem uma base alargada, “com contributos positivos de quase todos os setores”.

As melhorias macroeconómicas refletem-se na subida dos preços do imobiliário, que já estão 9% acima dos máximos pré-crise, em 2008.

Também, o mercado laboral apresenta melhorias acentuadas, com a S&P a atribuir também parte da causa às reformas do governo anterior.

Em 2017, o emprego aumentou em 3,5%, reduzindo a taxa de desemprego para 9,0%, bem abaixo do pico de 17,5% em 2013, bem como dos valores apresentados hoje por França, Itália e Espanha.

Até 2021, a S&P espera que a taxa continue a cair e atinja então os 7,0%. O problema aqui é o desemprego entre os jovens, cuja taxa é de 22,2%, acima da média de 17,7 da Zona Euro.

A agência diz ainda que a competitividade dos bens e serviços, aferida pelo custo salarial horário, não foi enfraquecida pelos “aumentos consecutivos” do salário mínimo.

Para justificar esta sua posição, a S&P mencionou a existência de algumas medidas que compensaram parte dos custos adicionais para os empregadores e recordou que “o custo da hora de trabalho em Portugal permanece em 54% da média da Zona Euro”.

ZAP // Lusa

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