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Chama-se Renew, nasceu a 19 de fevereiro e inspirou-se no movimento criado pelo Presidente francês Emmanuel Macron. O mais recente partido britânico tem metas ambiciosas, entre elas travar o Brexit com um novo referendo.
Em entrevista à TSF, Sandra Khadouri, uma das três caras que lideram o Renew, explicou que o lema do novo partido britânico é “repensar o Brexit, renovar a Grã-Bretanha”.
“Há milhões de pessoas neste país que neste momento não têm partido. Sentem que os partidos já não os representam, que os partidos não têm noção das suas verdadeiras necessidades e, que estão muito preocupados com o futuro. Há pessoas que votaram pelo Brexit e que atualmente têm dúvidas. Não sabiam que ia ser tão complicado, tão demorado e tão caro. A nossa mensagem para os eleitores é basicamente: nós podemos mudar de ideias e não temos que sair da União Europeia, agora que já sabemos mais”.
A britânica considera que os principais partidos falharam na leitura das prioridades do povo e acredita que os eleitores precisam de ser ainda mais alertados para o que aí vem quando o Reino Unido sair finalmente da União Europeia.
“Nós já sentimos que deixar a União vai ser mau para nós e de muitas maneiras. Por isso, estamos a trabalhar para encontrar uma forma de abordar os problemas e as causas que estiveram por trás da vitória do Brexit e vamos falar com as pessoas acerca das perdas que enfrentaremos se sairmos da União”, explica à rádio.
Para isso, o novo partido do centro político, que em português se pode traduzir como “Renovar”, defende um novo referendo, na altura em que o Reino Unido e a UE cheguem a um acordo final, isto é, em março de 2019.
Recorde-se que, na última sexta-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, apresentou os principais pilares do Brexit e recordou que um menor acesso aos mercados será inevitável. “Vamos sair do mercado único, a vida vai ser diferente”, disse.
À TSF, Kadhouri conta que a ideia de criar o partido surgiu com o movimento “En Marche” do agora Presidente francês, Emmanuel Macron. “Inspirámo-nos no En Marche porque eles foram capazes de criar, de raiz, um movimento feito pelo povo. E rapidamente conseguiram apoio para a sua ideia de que a cena política precisava de algo novo”.
“Por isso, assumimos essa inspiração mas os nossos laços com o En Marche são apenas informais, não formais, e estamos esperançados em conseguir galvanizar apoios da mesma forma que eles o fizeram”, declara a responsável.
Para já, o Renew está a ter uma boa receção. “Recebemos 800 candidaturas de pessoas que querem ser deputados. Mais de mil querem fazer trabalho voluntário e vários milhares já nos seguem nas redes sociais. O que vemos é uma grande vaga de apoio à ideia de um novo partido que volte a falar com as pessoas, que recrie o nosso sistema político e que nos leve por caminho melhor do que aquele que estamos a percorrer neste momento”.
O próximo passo será apresentar candidatos a deputados em todos os 650 círculos eleitorais e Kadhouri está confiante de que vão conseguir eleger deputados já nas próximas eleições gerais.
Saiam de vez onde nunca deviam ter entrado. Os ingleses são como as sanguessugas.
May já percebeu que se meteu numa enrascada. O UK vai perder muito com o Brexit e não vai conseguir ter facilidades de exceção junto da UE. Pode acontecer que um novo partido (à imagem de Macron) consiga reverter o Brexit. Será que Bruxelas estaria nessa altura interessada no filho pródigo ?!
A Inglaterra não é uma mais valia para a consolidação europeia. Eles sempre estiveram com um pé fora.