O ex-número dois de Marine Le Pen desfiliou-se da Frente Nacional em setembro do ano passado e assumiu no domingo a liderança do recém-criado partido: Os Patriotas.
Nasceram oficialmente no domingo mas já contam com 6500 militantes. A liderá-los está o número dois de Marine Le Pen, Florian Philippot.
Os Patriotas contam concorrer já às próximas eleições e, por isso, no congresso fundador do partido, Florian deu a conhecer algumas das ideias que movimentam a sua ideologia.
A encabeçar a lista de prioridades está a saída da União Europeia. Discursava perante 500 dos 6500 militantes quando disse que um Frexit se impunha por uma questão de saúde: “Pela nossa saúde, sim, precisamos sair da União Europeia, fazer o Frexit e não continuar a fazer crer aos nossos compatriotas que é possível reformar a Europa”.
O ex-braço direito de Le Pen aproveitou o congresso para criticar o antigo partido, com o qual agora disputa o mesmo espaço. Florian referiu-se à Frente Nacional como um partido “atolado, perdido e patético que desistiu do poder, se rediaboliza para tentar existir enquanto foge dos debates mais profundos e difíceis e se junta à União Europeia”.
Além do líder, Os Patriotas contam com outros membros da Frente Nacional, nomeadamente dezenas de conselheiros regionais e três eurodeputados.
No congresso, marcou ainda presença o partido eurocético britânico UKIP, materializado num discurso do escocês David Coburn e numa mensagem em vídeo do antigo presidente Nigel Farage.